João Prestes Mesmo sem nunca ter colocado um cigarro na boca, nem tolerar o vício do tabagismo, é grande a probabilidade de se morrer vítima da fumaça envenenada. Estudo feito pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer) com base em levantamento efetuado em 15 capitais nos anos de 2002 e 2003 (incluindo Campo Grande), revela que 2.655 pessoas com mais de 35 anos morreram vítimas de doenças relacionadas à inalação da fumaça de cigarro. É o chamado tabagismo passivo, que atinge geralmente familiares, filhos, esposas ou maridos dos fumantes. O estudo se dá por amostragem, considerando os dados levantados na pesquisa feita em Manaus, Belém, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Aracaju, Distrito Federal, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Campo Grande. A capital sul-mato-grossense apresentou o menor índice de fumantes passivos: 10,2%, enquanto Natal tem índice de 24,7%, Recife e Fortaleza, 23,5%. Em Campo Grande 14,5% da população com 15 anos ou mais se declararam fumantes, sendo o fumo mais popular entre os homens (19,5%) do que entre mulheres (10,5%). Porto Alegre tem o maior percentual de fumantes, 25,2% da população, novamente com liderança dos homens (28,2%). No país todo o índice é de 16%. O tabagismo é responsável por 200 mil mortes anuais. Cerca de 8% dos gastos com internação e quimioterapia do SUS (Sistema Único de Saúde) são atribuídos ao consumo de tabaco. Algo em torno de R$ 338,6 milhões por ano, segundo dados do Inca. Das 2.655 mortes em conseqüência da inalação involuntária da fumaça de cigarro, a maioria eram mulheres (1.601), vítimas silenciosas do vício do marido. As doenças relacionada ao tabagismo passivo que mais matou mulheres, no ano em que a pesquisa foi feita, são as cérebros-vasculares, com 844 casos, seguida da isquemia do coração (714) e 72 casos de câncer de pulmão. A pesquisa foi divulgada hoje; em 29 de agosto o país desenvolve o Dia Nacional de Luta Contra o Tabagismo com o lema: Ambiente 100% livre do tabagismo, direito de todos. O Inca disponibiliza o telefone 0800-61-1997 a quem procura ajuda para deixar o vício. (fonte: jornal Midiamax News – 22.08.08)

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