Os hospitais não funcionam, os médicos não atendem, faltam medicamentos. Mesmo assim, a conta da saúde é alta para o contribuinte. Para o ministro da saúde, José Gomes Temporão, o modelo está esgotado. E o que é pior: a conta sobe porque o brasileiro não respeita as leis do trânsito. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), analisou os gastos com internações hospitalares para calcular o custo da violência no Brasil. Os pesquisadores compararam os fatores que geram mais custo ao sistema público de Saúde. O tratamento das vítimas de acidentes de trânsito ficou em primeiro lugar na lista e, segundo a pesquisa, é duas vezes mais caro que os gastos com as vítimas da violência nas cidades. “Um acidentado de trânsito, dependendo das lesões que ele tiver e da gravidade do trauma, ele pode carregar a seqüela para o resto da vida”, explica Antônio Carlos Martins, diretor de um hospital. Em 2004, a despesa com vítimas de agressões chegou a R$ 200 milhões. No mesmo período, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou com os acidentados no trânsito R$ 769 milhões. Única alternativa O atendimento público é a única alternativa de pacientes como José Roberto que, desde o ano passado, entra e sai de hospitais para tratar uma fratura exposta na perna. “Perdi 15 centímetros do osso do fêmur. Ainda não há previsão de quando vou ficar bom”, diz. O agricultor Geraldo de Souza teve a perna esmagada em um acidente de moto há dois anos. As infecções são combatidas com medicamentos caros, fornecidos pelo SUS. É a única forma de se evitar a amputação. “Talvez eu fique aqui por mais 60 dias”, conta. Fonte: Google News

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