Anahí Zurutuza A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) solicitou ajuda à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para identificar quais seriam os motivos do aumento nos casos de dengue em Campo Grande. De acordo com a diretora de vigilância em saúde do município, Ana Lúcia Togníní, “a situação é preocupante”, já que as autoridades em saúde do Estado não conseguiram, ainda, encontrar explicações concretas para o acréscimo no número de pessoas infectadas este ano. Os técnicos da instituição farão visita a Capital até o fim do mês. Conforme estatísticas da vigilância, até ontem, 520 casos de dengue haviam sido confirmados por meio de exame laboratorial em Campo Grande. O número representa aumento de 60% na quantidade de pessoas infectadas pelo vírus da dengue o ano passado, quando 211 campo-grandenses tiveram a doença. A diretora da vigilância afirma ser’ um fato “intrigante”, já que todas as ações de combate ao mosquito transmissor, Aedes aegypti, estão sendo desenvolvidas. “Estamos cumprindo o que o ministério preconiza à risca”. Prova disso é o Líraa que deu resultado abaixo de 1 para todos os bairros de Campo Grande”, justifica. O resultado do último Levantamento Índice Rápido dê Aedes aegypti (Liraa) – pesquisa que identifica os focos do mosquito no município – foi divulgado. na sexta-feira (10). O índice médio de infestação na Capital foi de 0,23 (abaixo do que é considerado aceitável pelo ministério). Ana Lúcia afirma que uma das explicações para o aumento pode ser a circulação de três sorotipos diferentes do vírus causador: da dengue no Estado – tipo 1, 2 e 3. “É um fator importante, mas não determinante. As pessoas ficam mais suscetíveis quando há variação na tapagem do vírus. Mas o que estamos nos questionando é de onde está vindo essa dengue, se o mosquito não está se proliferando. Eu acompanhei as vistorias em residências do último Liraa e também não encontrei focos.Tudo que deve ser feito está sendo feito e é esse, justamente, o problema”. PROLIFERAÇÃO A proliferação do mosquito transmissor da dengue em fossas sépticas pode ser outra explicação para o aumento no número de casos da doença em Campo Grande. Nas vistorias realizados nos meses de maio de junho, agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) constataram no esgoto de quatro residências da Capital a presença de larvas do mosquito. O comportamento do vetor está sendo investigado, já que o inseto só se reproduzia em água limpa e parada. A diretora de vigilância em saúde do município, Ana Lúcia Tognini, afirma que o resultado da investigação pode responder a algumas questões sobre o crescimento da doença na Capital. “Que o mosquito está mais resistente está claro para nós, mas não podemos ainda elencar a descoberta dos motivos para o surto deste ano”. O mosquito não conseguia se reproduzir em água suja por conta da composição química que difere da água pura. (fonte: Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 14.07.09)

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