Daniela Rocha O serviço de Atendimento de Urgência (Samu) está evitando encaminhar pacientes para o Pronto-Socorro do Hospital Universitário (HU) de Campo Grande. Isso porque, de domingo (4) até hoje, os técnicos e auxiliares de enfermagem não estão fazendo plantões extras, o que reduz o número de funcionários na instituição. A medida já surte efeito, pois segundo funcionários do Pronto- Socorro, ontem à tarde entre 25 e 28 pacientes estavam no local, enquanto 50 e 55 pessoas. A direção nega atendimento, e que a redução se deve à ação feita pelo Samu. Segundo o coordenador do Samu, o médico Eduardo Cury, há uma preocupação com o atendimento que será dado ao paciente e devido ao deficit de funcionários do HU, o serviço está optando por encaminhar para outros hospitais, principalmente para a Santa Casa, dentro das possibilidades existentes nas instituições de saúde. “Tivemos a informação de que eles estão trabalhando com 20% da capacidade e não vamos colocar em risco os pacientes, por isso, acabamos desviando o paciente para outro local. Além do que, se mandamos pacientes para lá, eles (funcionários do HU) ligam reclamando”, diz Cury. Ontem , durante todo o dia, o Pronto-Socorro do HU trabalhou com apenas a metade dos funcionários necessários no corpo de enfermagem. Normalmente, são dez técnicos de enfermagem, mas apenas cinco estavam no local. Os outros, se estivessem trabalhando, estariam fazendo plantões extras para cobrir o déficit de funcionários. A suspensão dos plantões extras tem como objetivo pressionar a reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) a negociar um reajuste de pelo menos 40% no valor dos plantões dos profissionais da enfermagem (técnicos, auxiliares e enfermeiros). Atualmente, os técnicos ganham por plantão realizado durante a semana R$ 90, R$ 124 nos finais de semana (período diurno) e R$ 148 nos finais de semana (período noturno). A negociação com a reitoria teve início em janeiro de 2007, mas até agora a universidade não deu uma resposta sobre o caso. Ontem, o reitor da UFMS, Manoel Catarino Paes Peró, foi procurado pela equipe de reportagem, mas até o fechamento desta edição não divulgou seu posicionamento. O protesto segue até hoje e no dia 7 de junho os funcionários se reunirão paradecidir se realizam a suspensão por mais dez dias ou pelo mês inteiro. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 06.04.2008)

Facebook Instagram
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.