SÃO PAULO – O Ministério da Educação (MEC) discute novas diretrizes curriculares e formas de seleção e avaliação para as residências médicas. Entre as propostas está o de um exame único nacional para o acesso aos cursos, que cobraria um conteúdo comum dos alunos. As vagas de todas as residências das diferentes especialidades ficariam disponíveis em um banco de dados e o aluno poderia pleiteá-las segundo a nota alcançada. Outra ideia em discussão é de um programa de avaliação na saída da residência, em parceria com as sociedades de especialidades médicas, que verificaria também se os alunos absorveram o conteúdo. O MEC avança nas discussões para, com algumas modificações, dar às residências o nível de mestrado profissionalizante. O secretário executivo da Comissão Nacional de Residência Médica, Roberto Padilha, defende, antes de tudo, diretrizes para que as residências ensinem conteúdos que atendam as necessidades da maioria da população. Padilha, que deverá expor suas propostas nesta semana aos participantes do 2º Fórum de Especialidades Médicas, em Brasília, defende ainda que a pontuação obtida pelo aluno no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que faz parte do sistema de avaliação do ensino superior, poderia ser utilizada para compor a nota em uma eventual prova de acesso. Segundo o médico, as medidas, já sugeridas à Secretaria de Ensino Superior do MEC, dependerão ainda de aval da comissão e do grupo interministerial que discute a gestão do trabalho em saúde. No Brasil, a residência não é obrigatória para o exercício profissional. Na capital paulista, por exemplo, 61% dos médicos não têm residência. No entanto, governos e entidades médicas consideram a residência a melhor maneira de preparar o profissional. Repercussão A proposta do MEC divide os profissionais. Bráulio Luna Filho, coordenador de exames do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, diz achar inviável aplicar uma prova nacional, em razão das diferenças das instituições. Membro da diretoria da Associação Brasileira de Educação Médica, Milton Martins destaca que na França as provas nacionais de residência levam os médicos a sumir dos hospitais para estudar. “Defendo avaliações ao longo da graduação e que poderiam ter peso para o acesso à residência”, afirmou o médico. O MEC, o Ministério da Saúde e gestores começaram o movimento para aperfeiçoar os cursos de Medicina e as residências em 2007. (fonte: CFM – 25.05.09)

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