Alana Gandra Rio de Janeiro – Até o final de 2009, o Brasil ganhará mais oito bancos públicos de sangue de cordão umbilical. Eles serão instaladas no Distrito Federal e nos estados do Pará, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraná e de Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais. Com a implantação das novas unidades o número de bancos públicos de sangue de cordão umbilical existentes no país será triplicado. O convênio para expansão da Rede BrasilCord, que será custeada com R$ 31,5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi assinado hoje (14), no Rio de Janeiro, pelo presidente do banco, Luciano Coutinho, e pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O projeto vai “ajudar a mapear o DNA de Norte a Sul do país”, celebrou Coutinho durante a solenidade de assinatura do contrato na sede do BNDES. Atualmente, a Rede BrasilCord tem quatro bancos públicos de sangue de cordão umbilical em funcionamento no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro; no Hospital Albert Einstein, em São Paulo; e nos hemocentros de Campinas (SP) e Ribeirão Preto (SP). Os recursos para as oito novas unidades são oriundos do Fundo Social do BNDES e serão administrados pela Fundação Ary Frauzino para a Pesquisa e Controle do Câncer (FAF), que responde também pela logística do projeto. O ministro da Saúde destacou a importância da iniciativa uma vez que o Brasil apresenta a cada ano centenas de pacientes que desenvolvem patologias cuja solução do ponto de vista da medicina é o transplante de medula óssea – que depende de doadores voluntários de medula óssea ou do sangue de cordão umbilical e placentário para ser realizado. Atualmente, 900 brasileiros aguardam na fila por esse tipo de transplante. De acordo com Temporão, em 2004, a probabilidade de encontrar doador compatível no Brasil era inferior a 10%. Hoje, essa probabilidade evoluiu para mais de 50%, mas, segundo o ministro, o país precisa ampliar o banco de doadores voluntários que tem hoje 875 mil pessoas cadastradas. “Significa que o Brasil hoje já tem o terceiro maior registro de doadores voluntários do mundo. Nós só perdemos para os Estados Unidos e a Alemanha. E estamos crescendo” disse o ministro. Hoje, o Brasil possui um estoque de cinco mil amostras de sangue de cordão umbilical e placentário e para Temporão, a estruturação da rede nacional de bancos de células de cordão umbilical e placentário vai potencializar a possibilidade de encontrar no Brasil doadores compatíveis. “Com a Rede BrasilCord, quando ela estiver totalmente estruturada, nós podemos chegar até 50 mil [amostras], o que nós consideramos bastante satisfatório. O Brasil vai dispor, portanto, de uma rede nacional, moderna, que vai servir não apenas à cura terapêutica, mas também à pesquisa e ao ensino”, afirmou Temporão lembrando que a a expansão da rede de bancos públicos é, importante não só para os pacientes que aguardam por um transplante, mas também para os médicos e profissionais de saúde que trabalham na área. (fonte: Agência Brasil – 14.11.08)

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