“Esperamos colocar esse Fórum de Radiologia e Diagnóstico por Imagem no calendário anual de atividades do CFM”, garantiu o 2º vice-presidente do CFM, Jecé Freitas Brasndão, na cerimônia de abertura da primeira edição do evento no Conselho, realizado nesta sexta-feira (5), na sede da autarquia. O encontro teve como tema Proteção radiológica.

Além do vice-presidente, a abertura contou com a presença do coordenador da Câmara Técnica de Diagnóstico por Imagem do CFM, conselheiro federal Aldemir Humberto Soares; do presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Alair Augusto Sarmet, além da participação da autoridade em proteção radiológica na Organização Mundial da Saúde – OMS, Maria Perez.

Após a cerimônia, a especialista no tema na OMS falou aos participantes por videoconferência sobre a importância do cuidado radiológico. Do escritório da OMS na Suíça, Maria Perez apresentou a preocupação da OMS sobre o tema e os desafios da preservação de pacientes e profissionais que atuam em radiologia quanto à radiação emitida nos exames. O problema é considerado uma questão de saúde pública mundial.

Segurança – Também o coordenador da Câmara técnica, Aldemir falou sobre a preocupação com a saúde dos profissionais da radiologia. “Chegou a hora de a gente expandir para os outros médicos sobre o que é proteção radiológica. Esperamos acompanhar mais de perto essa questão no CFM.

Ainda pela manhã, o evento contou com duas mesas redondas. Aprimeira tratou sobre justificação e otimização no contexto da “Bonn Call for Action”. O documento foi aprovado em Bonn, Alemanha, em 2012, com o objetivo de identificar e abordar questões relacionadas à proteção contra radiações em medicina. A declaração de posição conjunta da Agência Internacional de Energia Atômica e da OMS destacou dez ações principais com o objetivo de atingir o maior benefício com o menor risco possível para todos os pacientes pelo uso seguro e apropriado de radiação em medicina, além de aumentar a segurança e a qualidade dos procedimentos radiológicos.

Entre as ações aprovadas, a declaração incluiu medidas como melhorar a implementação do princípio da justificação, fortalecer a educação sobre proteção contra radiação e treinamento de profissionais de saúde, melhorar a prevenção da radiação médica, entre outras medidas. A conferência foi patrocinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e organizada pelo Governo da Alemanha.

Os especialistas presentes à discussão e o coordenador do evento alertaram sobre a importância de “que os exames realizados sejam justificados, com bom-senso, critério e adequação”, defendeu Aldemir Soares. O presidente do CBR, Augusto Sarmet, apresentou um histórico sobre os efeitos e consequências das radiações ionizantes; possíveis causa de câncer, tanto em pacientes quanto nos profissionais envolvidos. Ainda assim, o especialista ponderou: “não vamos deixar de usar a radioterapia ou a medicina nuclear. Desde que justificados, os exames radiológicos também salvam vidas.”

Ações nacionais e internacionais – A mesa seguinte tratou sobre as iniciativas que têm sido realizadas visando a educação dos profissionais, dos pacientes e população em geral sobre a aplicação da radiação ionizante em exames de imagem. As apresentações apontaram as deficiências de conhecimento da população geral sobre os riscos reais da radiação ionizante. Outro assunto também discutido no Fórum de Radiologia foram Medicina Nuclear e ainda regulação, demandas e perspectivas.

Após as apresentações, os participantes do encontro fizeram diversos questionamentos sobre a atuação dos profissionais. Entre os pontos abordados foram apontadas a necessidade de campanhas educacionais destinadas a médicos e pacientes e inclusão de aulas de proteção radiológica nos cursos de medicina. As conferências e debates realizados no I Fórum de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Conselho Federal de Medicina podem ser acessados na conta do CFM no YouTube. Clique aqui para assistir os vídeos.

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