Ao primeiro toque do despertador você pula da cama, se arruma e sai de casa correndo. Desfrutar de um belo desjejum nem passa pela cabeça. No almoço a ansiedade acelera as garfadas e encurta o tempo de mastigação. À tarde não há aquela paradinha para um lanche. E à noite, graças ao cansaço e à fome, a vontade é de atacar depressa tudo o que estiver à mesa ou na geladeira. Pois bem. Os especialistas afirmam que esse cenário, em que não há espaço para refeições balanceadas e tranqüilas, está por trás do aumento das queixas de problemas digestivos — e até da obesidade. Os experts não se cansaram de bater nessa tecla em dois grandes eventos científicos recentes — a Semana de Doenças Digestivas, que juntou médicos do mundo inteiro em Washington, nos Estados Unidos, e o 34° Curso de Atualização em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia, o Gastrão, que aconteceu na capital paulista no mês passado. O corre-corre faz mal em dois sentidos. Além de atrapalhar as refeições em si, indica nervosismo e agitação, emoções que atrapalham, sim, a digestão. “Ela é regulada por uma rede de células nervosas interligadas com o cérebro, inclusive com aquelas áreas que têm a ver com os sentimentos”, descreve o gastrenterologista Ivan Cecconello, do Hospital das Clínicas de São Paulo, que foi o presidente do Gastrão deste ano. “Prova disso é que situações estressantes muitas vezes causam diarréia”, diz. A boa notícia, alardeada pelos médicos daqui e de lá, é que pequenas alterações no dia-a-dia podem fazer maravilhas e contribuir no tratamento dos males mais comuns. “Os remédios ajudam, mas, se não houver mudança de hábitos, o risco de os sintomas voltarem é grande”, enfatiza o gastrenterologista Orlando Ambrogini Júnior, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O estilo de vida — dizem em uníssono — influi diretamente no processo de absorção dos nutrientes. E, quando ele acontece direito, não é só a barriga que sai mais leve. Até o coração pode ser beneficiado. Está provado, por exemplo, que a má digestão favorece problemas com o colesterol, entre outros. Por isso, vale a pena prestar mais atenção nas reações do seu corpo depois de uma boa refeição. Fonte: Uol Ciência e Saúde

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