O presidente do Conselho Federal de Medicina – CFM, Edson Andrade, reiterou na manhã desta sexta-feira em Bonito, durante o 10º Encontro dos Conselhos Regionais de Medicina do Norte e Centro-Oeste, que se o sistema Unimed, formado por cooperativas de trabalho dos próprios médicos, não adotar a Classificação Hierarquizada de Procedimentos Médicos – CBHPM, estará demonstrando ao contrário do que vem sendo apregoado, que não é o braço econômico da categoria, mas sim uma operadora de saúde convencional. A avaliação de Andrade foi feita durante a segunda mesa redonda do dia, que discutiu justamente o processo de implantação da CBHPM. O palestrante da mesa, o presidente do CRM do Amazonas, Julio Rufino Torres, comentou que as operadoras vêm obtendo grandes lucros com os planos de saúde, em grande parte graças ao sacrifício dos médicos, que há dez não têm reajuste dos seus honorários, e lembrou que a saúde se tornou para essas empresas um negócio tão lucrativo que até bancos passaram a operar no setor. O comentarista da mesa, o presidente do CRM de Rondônia, José Hiran da Silva Gallo, lembrou que a nova classificação só pode ser elaborada em razão da colaboração das principais entidades representantivas dos médicos no País, como o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos, em um momento histórico para os médicos brasileiros, mas que todo o trabalho pode ser em vão, se a classificação não for adotada pelo menos pelo sistema Unimed. Já o secretário da mesa, o conselheiro do CRM de Mato Grosso do Sul, Oldemiro Hardoim Júnior, salientou que o processo de implantação da CBHPM primeiro pelo sistema Unimed e depois pelas outras operadoras de saúde, passa fundamentalmente pela união da categoria. “Nós temos que nos unir, temos que recuperar nossa força política, porque não tenho dúvida quanto a implantação da CBHPM, mas o prazo dependerá do nosso movimento”, concluiu. O que é a CBHPM – A CBHPM é um conjunto de normas que têm o objetivo de padronizar os conceitos de procedimentos médicos e corrigir as defasagens das tabelas de honorários. A nova classificação foi oficializada em 7 de agosto de 2003 pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, sob a forma da resolução nº 1.673/03, após três anos de anos de discussão envolvendo representantes de diversas especialidade médicas e com a assessoria técnica da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE.

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