Autoridades de saúde de Campo Grande identificaram que prefeituras do interior do Estado têm se utilizado de subterfúgios para conseguir encaminhar pacientes a tratamento médico na Capital. De acordo com o coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Eduardo Cury, ambulâncias com pacientes de cidades vizinhas entram em Campo Grande e deixam os pacientes na casa de amigos ou parentes. Em seguída, segundo ele, o Samu é acionado para prestar atendimente e não tem como saber se a pessoa reside na Ca.pital. “Não faz parte do nosso protocolo perguntar ao paciente se ele mora ou não aqui. Temos que atender”, enfatizou. No entanto, desde a última quinta-feira, quando o despejo de pacientes vindos do interior do Estado gerou caos na saúde na Capital e lotou os leitos disponiveis nos três maiores hospitais que prestam atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), dois casos desta prática foram constatados. “É cruel isso. Essa forma de burlar o protocolo de atendimento já acontecia e agora tememos que se torne uma constante”, enfatizou Eduardo Cury. Na manhã da última quinta-feira, o Samu recebeu comunicado de que em nenhum hospital havia leito disponível para receber novos pacientes. A situação obrigou uma paciente de Aquidauana, transferida para a Capital sem agendamento, a esperar atendimento por cerca de nove horas, dentro da própria ambulância. A Santa Casa, onde se concentram as maiores especialidades médicas do Estado, está superlotada e pacientes são internados até em sala cirúrgica. O secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ressaltou que essa prática de hospedar pacientes do interior na Capital para garantir atendimento médico tem se agravado e muitos políticos têm explorado a demanda na saúde politicamente com a proximidade da eleição. (fonte: jornal Correio do Estado – 25.07.2008)

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