Em assembleia realizada ontem (10), na sede do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos), os médicos de Campo Grande que atuam na Sesau decidiram por unanimidade retomar a greve deflagrada em maio deste ano. O motivo deve ao fato da prefeitura ter descumprido o acordo firmado com o sindicato. A paralisação está prevista para iniciar a partir das 19h, do dia 15 deste mês (sábado), em todas as unidades de saúde, mantendo apenas o efetivo de 30% para atendimento de urgência e emergência, no que se refere a UPAS´s e CRS´s.

De acordo com o presidente do sindicato, Valdir  Shigueiro Siroma, a entidade sempre esteve aberta ao diálogo e buscou constantemente negociar, porém vários itens acordados foram ignorados. “Enviamos vários ofícios à prefeitura questionando o cumprimento do acordo, no entanto não tivemos resposta, e decorrente a esta falta de retorno da prefeitura foi convocada assembleia para definir que atitude tomar e por decisão unânime foi votado pelo retorno da greve”, explica Siroma.

Um dos fatores que contribui pela retomada da greve foi o pagamento escalonado dos servidores, atrasando assim o salário do mês de julho que deveria ter sido pago até o quinto dia útil deste mês.

Para a pediatra Rosimeire Arias a greve é a única opção dada pela prefeitura. “Não há como negociar com eles, a administração não vem cumprindo os acordos firmados, precisamos voltar a greve e orientar a população, para que entendam que estamos lutando pelos nossos direitos, mas também por melhores condições de atendimento. Infelizmente esta foi a única alternativa dada a nós”, desabafa Rosimeire.

Veja abaixo alguns itens do acordo não cumprido pela prefeitura de Campo Grande

– Não pagamento no quinto dia do mês de agosto/2015 dos adicionais e gratificações ilegalmente retirados dos médicos em março e abril/2015; 

– Não pagamento dos plantões eventuais realizados durante o período de greve, na folha de pagamento de julho/2015; 

– Falta de garantia das frentes de trabalho, pela redução dos plantões nas escalas existentes e não preenchimento das escalas em aberto, com gravíssimo prejuízo à população, que não terá a assistência de médicos plantonistas nas UPAs e CRSs 

 

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