A Prefeitura de Bebedouro (381 km de São Paulo) pode abandonar as obras da UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), que têm suspeita de fraudes, depois de um laudo da Polícia Civil apontar que há problemas estruturais na construção. Se as obras forem abandonadas, a prefeitura terá que devolver o repasse de R$ 1,5 milhão ao governo federal.

    O laudo apontou que a obra tem problemas estruturais na fundação e que foram usados materiais de qualidade inferior à prevista. Apontou ainda que a prefeitura pagou por 76,6% da obra, mas foram entregues apenas 40,3% dos serviços. Gilmar Aparecido Feltrin, diretor de Planejamento e Desenvolvimento, afirmou que a prefeitura abriu licitação para contratar uma empresa especializada para produzir um laudo complementar ao da Polícia Civil.

    No entanto, a perícia já apontou que o segundo andar da unidade precisa ser derrubado e refeito. “Tem lugares em que é visível a necessidade de ser derrubado. Algumas vigas envergaram, há erros na fundação. Não vamos arriscar assumir uma obra que pode estar condenada”, disse Feltrin.

    As obras da UPA estão paradas desde janeiro de 2013, após uma varredura da prefeitura nas obras que estavam em andamento na cidade. A unidade de saúde começou a ser construída na administração do ex-prefeito João Batista Bianchini, que pode ser indiciado por crime de responsabilidade. Ele não foi encontrado para comentar.

    De acordo com o Ministério da Saúde, a prefeitura tem até setembro para inaugurar a unidade ou terá que devolver o repasse. A administração avalia pedir prorrogação do prazo se o laudo, a ser contratado, comprovar que a obra pode ser retomada. “Abandonar a obra é nossa última opção, porque além de ficarmos sem a unidade teríamos que devolver muito dinheiro. Mas, se não houver condições, não vamos arriscar”, disse Feltrin.

     Bebedouro conta só com um hospital municipal para urgências e emergências, que faz 600 atendimentos por dia, a maioria simples, que poderiam ser realizados na UPA.

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