Cientistas canadenses encontraram mais pistas que podem levar ao desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe sazonal, informou um estudo publicado nesta terça-feira. Os cientistas descobriram que a vacina utilizada contra a “gripe suína”, a variedade H1N1 que levou à pandemia de 2009, desencadeou uma série de anticorpos que protegem contra muitos outros tipos de gripe, inclusive a altamente letal cepa H5N1 – a gripe aviária.

 A razão pela qual estes anticorpos amplamente protetores são eficazes é que se vinculam à raíz de uma proteína da gripe chamada hemaglutinina (HA) no lugar da cabeça mutante da mesma proteína, como faz a maioria das vacinas contra a gripe, disse o pesquisador principal, John Schrader.

 “As vacinas atuais contra a gripe têm como objetivo a cabeça da HA para prevenir as infecções, mas devido a que o vírus da gripe sofre mutações muito rapidamente, esta parte da HA muda com rapidez, daí a necessidade de vacinas diferentes a cada temporada de gripe”, explicou Schrader, diretor do Centro de Pesquisas Biomédicas da Universidade da Columbia Britânica.

 “Ao invés de atacar a cabeça variável da HA, os anticorpos atacam a raiz da HA, neutralizando o vírus da gripe”, disse. A pesquisa é publicada na revista Frontiers in Immunology. No ano passado, cientistas americanos informaram na publicação Journal of Experimental Medicine que as pessoas que se recuperaram da pandemia de 2009 de H1N1, ou “gripe suína”, desenvolveram anticorpos que protegem contra uma variedade de diferentes cepas da doença.

 O estudo, baseado em nove pacientes que caíram doentes em 2010, encontrou anticorpos que, testados em ratos, foram capazes de protegê-los contra uma dose letal de pelo menos outras três cepas de gripe, inclusive a das aves.

 Esta conclusão permite ter esperança de uma vacina universal contra uma série de cepas existentes há décadas. Detectada pela primeira vez nos Estados Unidos e no México em 2009, a gripe suína foi incomum, uma vez que foi particularmente perigosa para os jovens e as grávidas, diferente da maioria das outras cepas de gripe, que tendem a ser mais letais entre os idosos. A pandemia de H1N1 de 2009 matou mais de 14 mil pessoas em todo o mundo.

Fonte: Terra

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