Os altos índices de acidentes envolvendo motociclistas em Mato Grosso do Sul foram tema de palestra à comunidade ministrada pelo ortopedista Evandro Paes Barbosa Júnior, no último dia 30, no auditório da Santa Casa de Campo Grande. O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudo do hospital. Durante cerca de uma hora, Evandro explicou que a facilidade de adquirir um veículo econômico e ágil, muitas vezes também utilizado no trabalho, e a aparente sensação de segurança sobre duas rodas têm motivado cada vez mais condutores do Estado a comprar motos. Se por um lado, a indústria e os lojistas comemoram, por outro, as estatísticas de acidentes de trânsito envolvendo esses motoristas preocupa. “As autoridades têm se preocupado muito com a dengue, que, sem dúvida, merece atenção; mas a dengue não mata nem um décimo do que os acidentes com moto. É uma situação grave e urgente”, analisou Evandro. Para o ortopedista, devem ser intensificadas campanhas educativas destinadas aos motociclitas. “Hoje, muitos condutores tiram a habilitação em alguma cidade do interior e depois vêm para o grande centro, mas não estão preparados para isso”, disse. Os reflexos da “estratégia”, aliados ao consumo de álcool antes de dirigir e da imprudência podem ser contabilizados nos hospitais. Segundo Evandro, dos 40 leitos da enfermaria do setor de ortopedia da Santa Casa da Capital, 30 são utilizados por pacientes que se envolveram em acidentes com motos. “São 75% do total de leitos. Isso quer dizer que, dependendo do dia, se alguém aqui sofrer um acidente, corre o risco de não ser atendido no Pronto Socorro. Sem contar que esses pacientes ficam pelo menos 45 dias no hospital”, afirmou. As vagas mencionadas são destinadas ao atendimento pelo Sistema Único de Saúde. Evandro lembra que o impacto dos acidentes com motos não se restringe aos hospitais. “Atinge à família como um todo. Em muitos casos o paciente é o chefe da família. Ele vai demorar meses ou até anos para voltar ao trabalho, isso quando voltar. Por isso é tão importante a conscientização e a prevenção”, concluiu. (fonte: CRM-MS – 02.05.2008)

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