DOURADOS – Aproximadamente 190 pessoas, vítimas de acidentes que sofreram lesões graves na cabeça e outros membros (politraumatizados) acabaram morrendo por falta de neurocirurgião e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no Hospital de Urgência e Trauma (HUT), ao longo de 2008. De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Wilson César Medeiros, a partir de junho do ano passado, os casos começaram a se intensificar porque o Hospital Evangélico (HE), que até então dava suporte ao HUT, suspendeu a parceria por falta de um entendimento entre a Prefeitura e o HE. . Wilson lembra que, por causa disso, os pacientes em estado grave, vítimas de acidentes, que precisavam passar por uma cirurgia de urgência na cabeça, eram transferidos para a Santa Casa de Campo Grande, onde acabavam morrendo por falta de atendimento provocado pela superlotação, já que o hospital atende pacientes de todo o Estado. O presidente do Conselho Municipal se Saúde informou que hoje, apesar da Prefeitura não ter ainda formado um acordo oficial com o HE, este voltou a dar suporte ao HUT e, com isso, tem reduzido as vítimas fatais. Segundo Wilson, caso o acordo entre Prefeitura e HE para que assuma. a,gestão do HUT e Hospital da Mulher – seja consumado, o HE vai levar todo o corpo clínico, que compõe pelo menos cinco neurocirurgiões. O conselheiro defende que o HE assuma os dois hospitais, pois tem toda estrutura, tanto administrativa, quanto clínica, além disso, facilidade em negociar com a classe médica, onde mantém uma composição salarial já definida para cada tipo de especialista. Ele informou que para a maioria dos conselheiros, o tipo de contrato que será feito entre Prefeitura e HE é de importância secundária, pois o que mais se preza no momento é a garantia de um tratamento eficaz à população. “Claro que defendemos um contrato claro e com garantias de atendimento e de qualidade”, afirmou. Wilson diz que apesar da Prefeitura e HE não terem firmado um acordo oficial, no que se refere à gestão dos dois hospitais, hoje o HE voltou a dar suporte ao HUT em casos graves. “Com a nova administração municipal se concretizou um outro tipo de relacionamento, que veio beneficiar a população”, afirmou o conselheiro. Ele disse que ainda não tem data marcada para a Prefeitura apresentar ao Conselho uma nova proposta do acordo, que deverá ser firmado entre HE e Prefeitura. Na última reunião realizada no mês passado, o contrato apresentado pela Prefeitura acabou não sendo votado pelos conselheiros por conta de irregularidades constatadas pelo Ministério Público Estadual. Com isso, a Prefeitura ficou de refazer o contrato com outras propostas, dentro das exigências do MPE. (fonte: jornal O Progresso – 06.02.09)

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