– Dario Held, de 66 anos, critica o atendimento diferenciado dado pelo SUS a pacientes de outras cidades Do Progresso Dario Held aguarda agora uma cirurgia de catarata em hospital de Dourados (Foto: Hedio Fazan/PROGRESSO)

DOURADOS – O paciente Dario Held, 66 anos, questiona o tratamento dado pelo SUS de Campo Grande a pacientes de cidades do interior do Estado. Na capital ele passou por atendimento em uma clínica particular.

O médico alertou que ele deveria, urgentemente, se submeter a uma cirurgia de catarata. “Sempre tive problema na visão mas não acreditava que o problema seria grave”, disse ele, que tem dificuldade de enxergar no período noturno.

Em posse do documento que solicita a cirurgia, Dario procurou o hospital, onde foi informado que o procedimento seria feito se o encaminhamento viesse de uma unidade pública. “Fiz o que a atendente solicitou. Procurei um posto de saúde, fui examinado e o médico fez outro laudo cirúrgico”, relata o paciente.

Ao retornar ao hospital, Dario deu entrada na papelada, mas logo foi informado que não poderia fazer a cirurgia. “Fui barrado por ter residência fixa em Dourados e não em Campo Grande”, diz. O paciente tem um filho que reside na capital mas não pôde mencionar o endereço da residência dele porque o hospital o obrigou a apresentar uma certidão de residência (conta de água, luz, etc).

“Isso é um absurdo. O Sistema Único de Saúde é nacional e quando a gente precisa utilizá-lo não temos a garantia de atendimento em qualquer localidade do país”, dispara o paciente. Diante da recusa do hospital ele retornou para Dourados para agendar a cirurgia.

Ontem Dario Held procurou o posto de saúde do Jardim Ouro Verde. “A atendente disse que iria encaminhar o laudo que solicita a cirurgia para a Secretaria de Saúde, que agenda a cirurgia. Espero que não demore porque o médico pontuou que é caso de urgência”, disse o paciente.

Cartão SUS

Implantado em 1999 pelo governo federal, o cartão magnético do SUS nunca vingou. O sistema seria informatizado em todo o país, com dados de atendimentos e procedimentos de cada paciente, o que não aconteceu. No entanto uma portaria do Ministério da Saúde publicada este mês diz que o cartão será efetivado em 2012.

O cartão será obrigatório para que qualquer instituição de saúde possa realizar procedimentos ambulatórias e hospitalares pelo SUS em seus pacientes. O novo documento ainda determina que os profissionais da rede pública registrem os contatos dos pacientes para que a Ouvidoria do SUS consiga estabelecer um acompanhamento mais satisfatório para o usuário.

Legenda da foto: Dario Held aguarda agora uma cirurgia de catarata em hospital de Dourados (Foto: Hedio Fazan/PROGRESSO)

Fonte: O Progresso

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