Ao saber de manifestação de médicos e acadêmicos o ministro da Saúde mudou o local da palestra onde falaria sobre o programa “Mais Médicos”.

Ao saber que estava sendo aguardado por aproximadamente 300 manifestantes entre acadêmicos de medicina e médicos, o ministro da Saúde Arthur Chioro, mudou o local onde realizaria um seminário para falar sobre o programa “Mais Médicos”. Agendado para acontecer às 14h no Palácio Popular da Cultura, o evento foi transferido repentinamente para a FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul),  com a alegação de que o novo espaço concederia maior segurança. A tropa de elite da polícia Militar (Bope) foi chamada para restringir a entrada dos manifestantes, deixando o acesso livre apenas para prefeitos e secretários municipais de saúde.

 O movimento organizado pelos acadêmicos de medicina e pelas entidades médicas: CRM-MS (Conselho Regional de Medicina), Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos), AMMS (Associação Médica) e Academia de Medicina, teve gritos de protestos, faixas e cartazes cobrando mais investimento para a saúde e menos corrupção.    

“Estamos extremamente indignados, é uma quebra da democracia. Ficou muito claro que o ministro fugiu da gente, nós estávamos lá em mais ou menos 300 alunos, manifestando pacificamente em prol da saúde. Não somos contra o Mais Médicos, isso seria algo a se discutir. O ponto principal é o que os nossos pacientes estão passando aqui em Mato Grosso do Sul e nossos alunos também. O ministro está com medo do que? de alunos, de professores, de médicos? Ninguém estava armado e o diálogo deveria ser prioridade em um governo que se julga democrático”, relatou a primeira secretária do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, Rosana Leite de Melo.

Segundo o presidente do CRM-MS, Alberto Cubel Brull Junior, é um absurdo o ministro se apresentar para falar sobre o “Programa Mais Médicos” e ignorar as reivindicações da classe médica. “Ele reconheceu que há deficiência no setor público para a contratação de profissionais, no entanto não apresentou solução real para o problema. Isso mostra mais uma vez que a vinda do ministro para Campo Grande e para outras regiões do país é uma síntese de autopromoção. Não podemos deixar que utilizem a saúde pública para fazer propaganda eleitoral mentirosa, a classe médica precisa estar unida para alertar a população e zelar por uma saúde de qualidade”, disse o presidente.

 

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