O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou de audiência pública interativa no Senado sobre a regulação da pesquisa e desenvolvimento de vacinas, medicamentos e terapias contra o câncer. O encontro aconteceu no âmbito da Subcomissão Temporária para Prevenção e Tratamento de Câncer (CASCANCER), da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), sob presidência da senadora Dra. Eudócia (PL/AL), nesta terça-feira (23). Na ocasião, a autarquia foi representada pelo conselheiro federal Eduardo Jorge da Fonseca Lima. Participaram, também, representantes do Ministério da Saúde, Anvisa, Fiocruz, Hospital de Amor, Beneficência Portuguesa e Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
A audiência pode ser assistida na TV Senado
O conselheiro explicou que “o CFM é uma casa que cuida da ética do médico, mas, fundamentalmente, cuida da saúde da população brasileira, garantindo a qualidade da assistência médica e uma assistência que seja equitativa, uma assistência que não separe a medicina do rico e do pobre”.
“Hoje a gente tem duas vacinas profiláticas que protegem contra o câncer, a vacina contra hepatite B e a vacina contra HPV. Devemos defender a vacinação de forma intransigente. Que a gente leve a vacina aonde o povo está”, destacou.
“Em nome do CFM, que tem hoje mais de 600 mil médicos, digo que podemos ajudar com campanhas educativas para a população e para os médicos. Queremos levar informação de qualidade. O CFM se coloca à disposição do Senado para contribuir com a redução do câncer no Brasil”, complementou.
Senado – A senadora destacou a importância de trabalhar por políticas públicas que garantam à população brasileira o acesso ao diagnóstico precoce e apresentou estudos de novas vacinas, tanto as terapêuticas quanto as profiláticas. “Queremos que todos tenham acesso de forma inequívoca aos tratamentos contra câncer pelo SUS para que a gente não veja tanta gente morrendo na fila por uma dose de imunoterapia”, declarou.
“Pacientes que têm acesso a saúde suplementar têm uma sobrevida muito maior. A maioria dos casos é controlável e uma boa quantidade tem sim a cura, a partir do momento que o diagnóstico é precoce o tratamento é oportuno. Mas essa não é a realidade que vemos no SUS. Porque nem todos os brasileiros e brasileiras têm o mesmo direito de forma igualitária e equitativa. Por que alguns são fadados à morte? Estamos aqui lutando para que o nosso governo entenda a importância de colocar esses tratamentos avançados no SUS”, declarou.