Em frente a unidade de saúde, médicos falam sobre campanha. Médicos lançaram esta manhã uma campanha para reduzir os índices de violência nos postos de saúde de Campo Grande. O objetivo é promover a harmonia entre pacientes e profissionais que atuam nas unidades de saúde. Documento com denúncias de agressões será protocolado hoje na prefeitura de Campo Grande, com um abaixo-assinado composto por 1.500 nomes. O material também será entregue no MPE (Ministério Público Estadual), Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e no governo estadual. Pesquisa feita pelo Sinmed (Sindicato dos Médicos), com base nos registros feitos em nove postos de saúde, de janeiro a 23 de setembro deste ano, contabiliza 345 relatos de violência. São agressões a trabalhadores, xingamentos e até danos contra os veículos dos funcionários dos postos. A unidade de saúde do bairro Vila Almeida lidera em ocorrências de agressões contra profissionais da saúde em Campo Grande. No local, foram registrados 17% dos 345 relatos de violência em 8 meses de 2010. A Unidade 24 horas do Bairro Coronel Antonino está em segundo lugar na lista de agressões, com 16% das ocorrências. Nesta unidade, de um celular uma cena de violência foi registrada pelo telefone celular. A agressão ocorreu no período do estudo feito nos postos de saúde. Passado o tumulto, os profissionais descobriram que o paciente agressor era foragido da Justiça, segundo o Sinmed. “Dignidade é a palavra-chave deste movimento”, diz o médico Renato Figueiredo, responsável pelo levantamento. Ele ressalta que hoje começa a luta contra a violência ambiente de trabalho. “A campanha não tem data para terminar”, completa. O médico destaca ainda que a melhora nas condições dos profissionais terá reflexo no atendimento aos usuários do sistema de saúde. Paciente – As irmãs Aidê e Antônia da Cruz, de 80 e 77 anos, foram hoje ao posto de saúde da Vila Almeida, de onde saíram sem atendimento. Aidê fez uma cirurgia de câncer de pele e precisava fazer um curativo, porém, na unidade, o procedimento não é feito. A recomendação dada foi para que procurassem outro posto. “É ruim para mim vir aqui e não fazer meu curativo. Eu não sabia que eles não faziam. Agora me mandaram para o posto da Santa Carmélia. Mas eu acho longe porque eu ando de ônibus”, completa. Para Antônia, o problema é a falta de médicos porque quando conseguem chegar aos profissionais são bem atendidas. (Fonte: Campo Grande News, 10.11.10)

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