Ontem, a dona-de-casa Rosemari Pereira, 48 anos, ficou quase oito horas dentro de uma ambulância à espera de atendimento em Campo Grande. Ela foi encaminhada pelo Hospital de Aquidauana, cidade localizada 125 quilômetros a oeste da Capital, sem passar pela Central Estadual de Regulação de Vagas. A paciente foi levada ao Centro Regional de Saúde do Bairro Guanandi, na região sul de Campo Grande, a fim de conseguir encaminhamento para realizar uma tomografia e avaliação neurológica. Rosemari tinha sofrido um derrame e estava internada há dois dias em Aquidauana. Como não tinha referência para ser internada em hospitais, Rosemari foi levada ao posto de saúde. Entretanto, conforme o coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Eduardo Cury, que também responde pelos centros regionais de saúde, a transferência foi irregular. “Não tem condições. de continuar deste jeito. Os hospitais estão superlotados e no interior do Estado não respeitam a Central de Regulação de Vagas. Ficamos sem alternativas para onde encaminhar os pacientes porque não há vagas”, afirmou Cury. Ela foi trazida em uma ambulância (que não possui UTI móvel) junto com outras quatro pessoas para atendimento na Capital e acompanhamento de pacientes. “Fico indignado com a dificuldade de atendimento. Minha mãe teve de esperar horas. É uni a situação degradante”, afirma o filho de Rosemari, Gustavo Pereira. A paciente acabou sendo encaminhada ao Hospital Universitário (HU) , onde teve de aguardar mais três horas dentro da ambulância para conseguir uma vaga porque não havia mais espaço no pronto-socorro. Na ambulância não foi encaminhado nenhum enfermeiro ou médico para o caso de a paciente necessitar de algum tipo de atendimento no caminho. “É uma imprudência”, afirmou a promotora de Justiça da Cidadania, Sara Francisco Silva, que pretende levar o caso ao CRM para responsabilizar a médica. Ainda ontem, a promotora entrou em contato com o MPE de Aquidauana para que sejam tomadas providências sobre o caso. “Não podem continuar ‘despejando’ pacientes em uma ambulância e mandando para Campo Grande sem comunicar ninguém”, disse Sara. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 24.07.2008)

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