O Ministério Público Estadual (MPE) analisou ontem, durante reunião em Campo Grande, estratégias para que o Hospital Evangélico de Dourados, cidade localizada a 28 quilômetros ao sul de Campo Grande, volte a atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das possibilidades, conforme o procurador de Justiça Mauri Ricciotti, coordenador das Promotorias de Justiça da Cidadania e Direitos Humanos, é recomendar uma intervenção do Poder Público ou da Justiça para obrigar o hospital a fornecer este atendimento. Entretanto, uma das primeiras tentativas será formalizar um acordo com a direção do hospital. “Se o hospital se recusar a retomar o atendimento a pacientes do SUS, o MPE poderá acionar a Justiça recomendando uma intervenção”, diz Ricciotti. Na próxima semana, o procurador deve ir a Dourados conversar com os diretores do Hospital Evangélico junto com promotores da cidade. “Ainda estamos traçando estratégias, mas o hospital teve muito investimento público e precisa atender pacientes do SUS”, diz. A medida do MPE visa a melhorar o atendimento da rede pública de Dourados e diminuir os problemas de superlotação nos hospitais de Campo Grande por causa da demanda de pacientes vindos de cidades do Interior. A promotora de Justiça da Cidadania e Direitos Humanos de Dourados, Cristiane Amaral Cavalcante, instaurou um procedimento preparatório de investigação questionando o fato de o hospital não atender pelo SUS e continuar com o título de filantrópico. Todo hospital filantrópico é obrigado a atender 70% de pacientes do SUS e, por isso, recebe isenções fiscais. “O hospital não pode continuar tendo estes benefícios se não está mais atendendo pacientes do SUS”, afirma a promotora. (MC). (fonte : jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 02.08.2008)

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