Milena Crestani O ministério público Estadual (MPE) deu dez dias para que a secretaria Municipal de saúde Pública (Sesau) sane as deficiências encontradas na unidade de pronto-atendimento (UPA) Walfrido Arruda, do Bairro coronel Antonino, na região norte de Campo Grande.Vários problemas foram encontrados durante fiscalização realizada no dia 30 de abril. A promotora de Justiça da cidadania, Sara Francisco Silva, encaminhou ofício, na sexta-feira (30), ao secretário municipal de Saúde Pública, Luiz Henrique Mandetta, cobrando que seja solucionados os problemas relacionados á falta de profissionais em plantões e de alguns equipamentos. Na data da visita, que foi acompanhada pela reportagem do jornal O Estado,foi apontado um desvio de finalidade na unidade, que deveria funcionar como um pronto-socorro municipal oferecendo pré-hospitalar e atendendo aos casos mais graves. A promotora constatou que o local estava funcionando como um centro regional de saúde. Dentre os problemas apontados pela promotora em relatório está a falta de profissionais suficientes nas escalas de plantão médico no período noturno e nos finais de semana. Amaior deficiência é de pediatras. Tambem há necessidades de contratação de médicos intensivistas e técnico de radiologia por 24 horas. Equipamentos A falta de equipamentos necessários para que o local funcione como um pronto-socorro municipal também consta no documento. A promotora constatou a necessidade de adquirir aparelhos respiradores, eletrocardiograma, gasômetro, bomba de infusão e aparelhode radiologia móvel. Em decorrência da falta dos equipamentos, alguns pacientes não podem receber atendimento necessário em casos considerados graves. Por exemplo, se uma pessoa chega á uniadade de saúde com sintomas de parada cardíaca precisará ser encaminhada diretamente ao hospital, porque os equipamentos não sãosuficientes para diagnosticar o problema. Todos os casos em queda há necessidade de intervençãocirúrgica são encaminhados para hospitais da cidade. A falta da bomba de infusão, poe exemplo, impede que alguns medicamentos possam ser utilizados na unidade. Por isso, é feita uma troca com outros hospitais. Estrutura A promotora Sara aponta ainda necessidade de ampliar o atendimento no setor de odontologia. No dia da visita á unidade foi constatado que havia uma sala equipada, no entanto, as consultas só eram realizadas no período noturno e nos finais de semana. Também será preciso equipar o necrotério com câmara fria para armazenamento dos cadáveres ou promover a remoção imediata dos corpos; contratar profissionais para fazer a segurança do local e oferecer qualificação aos trabalhadores da área da limpeza. O pronto-socorro municipaloferece atendimento de emergência por 24 horas, com especialistas nas áreas de pediatria e odontologia. O local foi inaugurado em setembro do ano passado e começou a funcionar no início de novembro. Pelo menos 500 pessoas são atendidas diariamentena unidade de saúde. (fonte: jornal O Estado de Matro Grosso do Sul – 03.06.2008)