Daniela Rocha Apesar da redução no número de auxiliares e técnicos de enfermagem no Hospital Universitário (HU) de Campo Grande não houve problemas no atendimento ao público, como informou a diretoria do hospital e os funcionários. Desde ontem, o corpo de enfermagem, com exceção dos enfermeiros, iniciou uma paralisação dos plantões extras que seguirá até amanhã. No protesto, a previsão é que 150 dos 200 técnicos e auxiliares participem. O técnico de enfermagem Carlos Guto Souza da Silva ressalta que, os fúncionarios deixarão de fazer plantões além do que são obrigados. “Fazemos plantões extras para suprir o deficit de funcionários do hospital”, diz Silva. Ontem, dos dez funcionários que deveriam trabalhar no Pronto-Socorro durante o dia, apenas cinco estavam. Já na Clínica Médica, pela manhã, o deficit foi de apenas um profissional, ou seja, ao invés de sete técnicos de enfermagem, seis trabalharam. Pela tarde, foram quatro, ao invés de seis. Na Clínica Médica, uma enfermeira, que pediu para não ter o nome divulgado, afirmou que o trabalho estava sendo dobrado para cada um. Porém, nenhum problema grave aconteceu por conta da falta de profissionais. No Pronto-Socorro, onde o efetivo foi reduzido pela metade, devido à baixa procura pelo hospital ontem, não houve grandes problemas, além do aumento de demanda para cada funcionário. O diretor-técnico do HU, Gualberto Nogueira Lélis, confirmou ontem que, a suspensão dos plantões trouxe uma demanda de trabalho maior para os funcionários, mas não prejudicou o atendimento à população. Ele destaca que, o protesto será acompanhado diariamente e caso a situação piore, medidas emergenciais precisarão ser tomadas, entre elas o fechamento do Pronto-Socorro. “Avisamos o Ministério Público Federal e as autoridades municipais e estaduais. Enquanto a situação estiver administrável nenhuma atitude será tomada”, diz Lélis. O diretor destaca que, o reajuste dos plantões deve ser negociado entre a reitoria e o Ministério da Educação. Segundo ele, o ministério está elaborando um projeto que pretende regulamentar os plantões dos servidores dos hospitais universitários do País. O objetivo da suspensão é pressionar a reitora a negociar um reajuste de pelo menos 40% no valor dos plantões dos profissionais da enfermagem (técnicos, auxiliares e enfermeiros). Atualmente, os técnicos ganham por plantão realizado durante a semana R$ 90, R$ 124 nos finais de semana (período diurno) e R4 148 nos finais de semana (período noturno). Segundo os funcionários, a negociação do reajuste teve início em janeiro de 2007, mas até o momento, a reitora não indicou positivamente para um acordo. Os técnicos reclamam que desde a década de 90 os valores dos plantões não têm reajuste. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul)

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