Médicos de unidades do SUS (Sistema Unificado de Saúde) em todo o Brasil vão parar nesta terça-feira (25) em protesto contra as baixas remunerações e as más condições de trabalho na rede pública.

 No dia 25 de outubro, aniversário de 23 anos da fundação do sistema, unidades do SUS em ao menos 21 Estados vão interromper os atendimentos a consultas e exames –estão garantidos o atendimento nas unidades de emergência.

 A paralisação total está confirmada nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe.

 No Estado do Piauí a paralisação vai durar três dias. Em São Paulo e Santa Catarina, somente algumas unidades param e por poucas horas.

 Em São Paulo, foram confirmadas paralisações nos hospitais Emílio Ribas, Hospital do Servidor Estadual e no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em Santa Catarina, os médicos vão para por uma hora.

 No Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins a rede não para –serão feitos apenas protestos e manifestações.

 As paralisações são compulsórias –as unidades de atendimento têm autonomia para escolher se aderem à paralisação ou não. Entre as reivindicações do movimento estão mais verbas para a saúde e o reajuste da tabela do SUS.

 Os médicos também pedem o piso salarial definido em 2011 pela Fenam (Federação Nacional dos Médicos), de R$ 9.188,22 para uma jornada de 20 horas semanais de trabalho. O piso médio no SUS é de R$ 1.946,91 por 20 horas semanais.

 Com nome de “Movimento Saúde e Cidade em Defesa do SUS”, as manifestações são organizadas pela por uma comissão composta por representantes do CFM (Conselho Federal de Medicina), da AMB (Associação Médica Brasileira) e da Fenam.

 “Com a mobilização queremos chamar a atenção das autoridades para a necessidade de mais recursos para a saúde, melhor remuneração para os profissionais e melhor assistência à população”, afirma o coordenador da Comissão Pró-SUS e vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda.

 SÃO PAULO

 Para chamar atenção para o movimento, médicos vão “envelopar” com a bandeira do Brasil a sede da APM (Associação Paulista de Medicina), no bairro da Bela Vista, em São Paulo.

 Depois, médicos farão protesto na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de São Paulo para denunciar as más condições de trabalho. Na rede estadual, salário é de R$ 1.700,00 e, na capital, de R$ 2.200,00 para 20 horas semanais.

 Fonte – Folha On Line

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