Em Assembléia Geral ocorrida da sede do Conselho Regional de Medicina, na noite de segunda-feira (dia 21), os médicos fecharam acordo com a Unidas (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) para implantação imediata da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) com seus códigos e nomenclaturas. A proposta contempla uma evolução escalonada da remuneração médica com a seguinte cronologia para as consultas médicas: R$ 37,80 até 31/12/05; R$ 40,00 de 01/01/06 à 30/06/06; e chegaria a R$ 42,00 a partir de 01/07/06. A 4ª Edição da CBHPM será implantada a partir de 01/02/06 e haverá revisão dos valores em agosto de 2006. “O acordo será, ainda, selado junto ao Ministério Público Federal com a presença do Ministério Público Estadual, da Procuradoria Geral do Consumidor, do Sindicato dos Médicos, AMMS e CRM, com o aval da filiadas da Unidas”, afirma o coordenador da Comissão Estadual de Honorários Médicos, Antônio Gentil Neto. “Nossa negociação com a Unidas avançou bastante e é a primeira proposta neste nível no País. É necessário, agora, que as Operadoras de Saúde e as Sociedades de Especialidades entendam a importância deste acordo e colaborem para que haja um aperfeiçoamento contínuo desta relação de trabalho. Há também, por outro lado, um movimento médico nacional que visa a melhoria da condição do trabalho médico, mas para isto precisamos ainda uma mobilização e participação dos médicos, além do que temos observado”, disse Antônio Gentil Neto. Após aprovação da proposta, o Coordenador da Comissão Estadual de Honorários Médicos informou aos presentes sobre a “Ação de Reequilíbrio Econômico-Financeiro”, que está tramitando no Ministério Público do Trabalho e que deverá haver a primeira audiência ainda neste mês de novembro. Foi aprovada, também, a convocação do Diretor Médico da Cassems, pelo CRM/MS, para esclarecimentos da implantação da CBHPM pela empresa. “Foi amplamente divulgado que a Cassems implantou a CBHPM, mas há indícios de que houve a criação de uma outra tabela própria” esclarece Antônio Gentil Neto.