Ângela Kempfer Na próxima quinta-feira, manifestação na Praça Ary Coelho vai lembrar de milhares de vítimas de queimaduras provocadas por acidentes com produto. O protesto é organizado pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, com o apoio do Corpo de Bombeiros, SAMU, Sociedade Sul-Mato-Grossense de Pediatria e Cirurgia Plástica, representantes das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde e Conselhos Estadual e Municipal de Saúde. A ação começará às 8 horas, com a entrega de cartilhas, mas também haverá apresentação de peças de teatro sobre os riscos. Quem passar pela praça também será chamado para aderir a abaixo-assinado de apoio ao projeto de lei que suspende a comercialização do produto com finalidade doméstica. “Em 2002, a Anvisa lançou uma Resolução – RDC nº 465 – determinando a substituição do álcool líquido, acima de 46º INPM, pela versão gel, e deu prazo de seis meses para os fabricantes se adaptarem ao novo formato. Nesse período de acomodação, em que o álcool desapareceu do comércio, o número de acidentes com o produto caiu 60% ou mais em alguns hospitais”, lembra o Sindicato. Como os empresários conseguiram reverter a decisão na Justiça, o produto voltou a ser vendido no varejo. Casos – Em maio deste ano, uma menina de três anos teve mais da metade do corpo queimado depois de ser atingida por fogo de uma churrasqueira portátil, em Caarapó. Ao colocar álcool para acender novamente o fogo, as chamas ficaram muito fortes e atingiram a menina, que, segundo o pai, não estava muito perto das chamas. Esse é apenas um dos casos provocados manuseio do produto em Mato Grosso do Sul, mas não há estatísticas precisas sobre esse tipo de ocorrência no Ministério da Saúde, alerta o sindicato dos médicos. (fonte: jornal online Campo Grande News – 14.07.09).