Lideranças médicas do Norte e Centro-Oeste debateram, nesta sexta-feira (27), em Campo GRande (MS), a atuação dos médicos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A falta de pagamento de insalubridade, a frágil estabilidade do médico no serviço público, a proliferação de cursos de medicina e a luta para que a medicina seja reconhecida como carreira típica de estado (como auditoria, área jurídica, diplomacia, segurança e defensoria pública, entre outros) estiveram no centro das discussões. O encontro integra a agenda da Comissão Nacional “Pró-SUS, Remuneração e Trabalho Médico”, formada por dirigentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e da Associação Médica Brasileira (AMB). A promoção foi da Associação Médica de Mato Grosso do Sul (AMMS) e do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SinMed/MS). Compareceram representantes de Conselhos Regionais de Medicina, Associações Médicas e Sindicatos dos Médicos dos Estados do Norte e Centro-Oeste do Brasil. Trata-se do primeiro Fórum deste tipo na região. Encontros similares tem ocorrido desde 2008 em todo o Brasil, seguindo uma diretriz do CFM de regionalização do movimento médico. A proposta é estimular a troca de experiências e de informações sobre a situação local para balizar estratégias. “É uma oportunidade única para debatermos assuntos importantes para todos os médicos e aliarmos esforços”, definiu o presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), Antonio Carlos Bilo. Porto Alegre – No dia 20 de novembro, aconteceu em Porto Alegre (RS), um Fórum regional semelhante que discutiu os problemas sob a ótica dos profissionais do Sul do país. Na ocasião, as entidades médicas manifestaram sua preocupação com a situação do SUS e redigiram um documento chamado Carta de Porto Alegre. Entre os principais itens, o texto pede a regulamentação, pelo Congresso Nacional, da Emenda Constitucional nº 29 e do piso salarial da categoria médica (PLS 140/2009). Os médicos reunidos em Porto Alegre também defenderam o pagamento, aos hospitais credenciados, de valores que tenham por base o custo real da prestação do serviço; o aumento do valor do Piso Assistencial Básico (PAB), que atualmente é de R$ 18,00; e a adoção, pelo SUS, da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) como parâmetro de remuneração dos procedimentos médicos. O coordenador da Comissão Pro-SUS do CFM, Aloísio Tibiriçá, avalia que a nova gestão iniciou seu trabalho com perspectivas boas de organização e mobilização. “Foram 150 pessoas em Porto Alegre discutindo o tema SUS. A Carta de Porto Alegre significou uma manifestação da região e das entidades locais em relação à situação sistema no que diz respeito à falta de recursos financeiros e recursos humanos, mostrando a desvalorização da saúde pelo governo”. (fonte: CFM – 28.11.09)

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