Aline dos Santos A cada 100 mil partos, 80 mulheres morrem em Mato Grosso do Sul. A alta incidência de mortalidade materna é discutida nesta quarta-feira, em Campo Grande, durante Jornada de Ginecologia e Obstetrícia de Mato Grosso do Sul. De acordo com a presidente da Sogomat, Maristela Vargas Peixoto, no Brasil, a proporção é de 50 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. Segundo o médico Paulo Saburo Ito, no Estado, as doenças relacionadas à hipertensão são as que mais matam as mulheres após o parto. Ele explica que o objetivo do encontro, que reúne representantes de 60 municípios, é padronizar e qualificar as condutas de atendimento médico. “O Ministério da Saúde preconiza que o pré-natal tenha seis consultas, mas, como é a qualidade desse atendimento?”, enfatiza. Ginecologista e obstetra no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, o médico conta que já atendeu gestantes que procuraram atendimento apenas no dia do parto, ou seja, sem nenhuma consulta de pré-natal. Para 2010, o HR terá um setor para atender gravidez de risco. Desafios – Para Maristela Peixoto, a redução da mortalidade materna depende do enfrentamento tanto da falta de informação quanto da melhoria na qualidade do atendimento. “Não adianta procurar o médico e não ser bem atendida”, salienta a presidente da Sogomat. O Brasil fez compromisso para reduzir a mortalidade materna até 2015. Atualmente, no cenário mundial o País está melhor apenas que o sul do Saara, Haiti e Uganda. Na classificação mundial, o Brasil é tido como péssimo, para atingir níveis como Dinamarca, Estados Unidos e França, as mortes não podem ultrapassar 20 casos a cada 100 mil nascidos vivos. A jornada de ginecologia acontece até sábado, no Albano Franco. (fonte: Campo Grande News – 26.08.09)

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