Acre, Amapá, Amazonas e Roraima não possuem nenhum SVO. “Isso significa, para muitas famílias, horas a fio em um barco com um corpo. Ou de 8 a 10 horas de estrada, quando não há pontes quebradas ou outras intempéries para, com muita dificuldade, encontrar um médico em outro município para a emissão da declaração de óbito. Ou seja, é uma responsabilidade do poder público descumprida e que recai individualmente sobre as famílias e os médicos”, relata o conselheiro representante de Roraima no CFM Wirlande Santos da Luz.
Para o conselheiro, o quadro da região Norte é alarmante, e a situação nacional também pode ter comprometimentos acima dos detectados. Wirlande da Luz acredita, inclusive, que os números fornecidos pelo Ministério da Saúde “possam estar superestimados”. “Muitas vezes o serviço existe no papel, é confirmado pela Secretaria de Saúde, mas consiste em um médico colocado à disposição para a verificação de óbito. Só que muitas vezes ele está indisponível quando a população precisa”, diz.