Bira Martins A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tornou as infecções por micobactéria doenças de notificação compulsória, o que obriga os hospitais a informarem o surgimento de novos casos ao governo. A Agência também criará uma força-tarefa que será enviada aos Estados para vistorias e fiscalizações, e os fabricantes dos produtos usados na esterilização de equipamentos terão de comprovar a eficácia no combate às micobactérias massiliense e abscessus, responsáveis pela maioria das infecções no país, para registrá-los e vendê-los no Brasil. A agência pediu ainda um novo estudo para avaliar a eficácia de um dos saneantes mais usados nos hospitais, o glutaraldeído. Estudos feitos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pelo laboratório Fleury apontaram que a micobactéria massiliense pode ter se tornado resistente a ele. Epidemia – No dia 8 de agosto a Anvisa publicou um nota técnica na qual as infecções por micobactéria foram descritas como “emergência epidemiológica”. As infecções, nas proporções alcançadas no Brasil, não teriam registro aqui e nem outros países, e configurariam uma situação “nova” para profissionais de saúde em todo mundo. Desde 2001, houve 2.025 casos em 14 Estados, a maioria após videolaparoscopias abdominais (72%), seguidas por cirurgias pélvicas, ortopédicas e plásticas. Em Mato Grosso do Sul ocorreram oito casos. O ministro da Sáude, José Gomes Temporão, negou que haja uma epidemia no país e minimizou a situação classificando as infecções por micobactéria no país como “casos isolados, que ocorreram em determinados estados e hospitais, possivelmente por não atenderem com rigor às exigências da legislação, e que estão sendo analisados”. (fonte: jornal Campo Grande News – 15.08.08)

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