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A esperança de vida do cidadão sul-mato-grossense, que em 1980 era de 63 anos, saltou para 73 anos em 2006, ou seja, crescimento de 15,2%, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). No país a esperança de vida do brasileiro ao nascer era de 72,3 anos em 2006. Em 1960 a esperança de vida do brasileiro era de 54,6 anos. Ou seja, desde então houve um ganho expressivo de vida, de 32,4%, ou 17 anos , 8 meses e 1 dia. Em média, anualmente, nesse período, houve um aumento de quatro meses e 18 dias, sendo de quatro meses para os homens e de cinco meses e 7 dias para as mulheres. Em 2005, a esperança de vida era de 71, 9 anos, sendo a masculina 68,2, e a feminina 75,8. De acordo com o sociólogo Paulo Cabral, a soma de fatores foi preponderante para essa ampliação na expectativa de vida. A cobertura do SUS (Sistema Único de Saúde) a toda a população brasileira – criado através da Constituição de 1988 -, a maciça campanha de re-hidratação desencadeada há 30 anos pela Pastoral da Criança e o crescimento da taxa de urbanização são apontados como propulsores do que seria o crescimento desta expectativa de vida nos estados brasileiros, conforme o especialista. SUS “Apesar das pessoas reclamarem do SUS, a ampliação da cobertura é efetiva. Antes só havia assistência para quem pudesse pagar e estivesse no sistema formal de trabalho”, diz. “A partir da Constituição foi criada a cobertura universal que mesmo com todos os seus problemas é a única política pública universal. É política de Estado e não de governo, não importa mudança de governo. Foi uma conquista extraordinária”, frisa Cabral. O êxodo rural, contestado por especialistas que defendem a distribuição de terra para por fim às desigualdades, também foi apontado como movimento de ampliação da expectativa de vida. Para Cabral, como na área urbana há uma presença maior do poder público, se comparado ao meio rural, isso também pode ter influenciado nos índices divulgados pelo IBGE. “Era comum os setores de Pediatria nos hospitais viverem superlotados no verão. Infelizmente, era comum as crianças virem a óbito. A mortalidade infantil de zero a 1 reduziu drasticamente em função da campanha de massa feito há 30 anos pela Pastoral da Criança. Quase não se fala sobre isso, mas interferiu na esperança de vida”, analisa observando que também houve uma queda no número de crianças ao longo dos anos. Com isso, efetivamente a população está vivendo mais e “estamos tendo a transição demográfica que significa menos jovem e o crescimento de idosos”. Parêntese De acordo com o sociólogo, a ampliação da expectativa de vida do povo brasileiro também representa uma preocupação. Segundo Cabral, o País não está suficiente amadurecido para conviver com os idosos. “Há pouca política pública para idosos. É preciso dispor de espaços e serviços. Em São Paulo há serviço de transporte que leva o idoso para o centro de convivência algumas vezes na semana. Isso permite a sociabilidade e favorece a família”. O orçamento público para projetos que priorizam os idosos é ainda muito pouco. “É uma característica que não é nossa e sim do sistema capitalista e da sociedade ocidental. No Japão os anciãos são reverenciados. No Brasil é aplicado o mesmo paradigma de que as pessoas que não produzem mais podem ser pinchada fora das prioridades. Na verdade é um privilégio cuidar dos idosos”. Em Campo Grande, o Sesc (Serviço Social do Comércio) e a prefeitura de Campo Grande desenvolvem projetos para o público da terceira idade. O recém-inaugurado Centro de Convivência do Idoso, na região do Tiradentes, tem atividades diárias de esporte e lazer ao público dessa faixa etária. Esperança de vida No período de 46 anos, a esperança de vida das mulheres teve a maior alta (35,7%), chegando 76,1 anos, contra 68,5 anos para os homens (28,9%). Em relação a 1960, elas estão vivendo a mais, em média, 20 anos e 34 dias, e eles, 15 anos, 10 meses e 14 dias . Alguns dos fatores que contribuíram para esta mudança foram a melhoria no acesso da população aos serviços de saúde, as campanhas de vacinação, o aumento da escolaridade, a prevenção Fonte: Midiamax News

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