O Hospital Universitário (HU) de Campo Grande vai promover todos os sábados um mutirão de cirurgias ortopédicas não urgentes. A iniciativa, que teve início nesse sábado (6), visa a desafogar o pronto-socorro da unidade. De acordo com o diretor-clínico da instituição, Wilsom Cantero, o setor tem 32 leitos, mas está atendendo por dia 60 pacientes em média. Ontem, 62 pessoas estavam internadas na emergência. Segundo o médico, os pacientes a maioria que superlota o OS são vitimas de acidentes e que necessitam de cirurgias ortopédicas. “Muitas pessoas que já poderiam ter feito cirurgia, se recuperando e voltado para casa, ocupam lugar na emergência. A semana passada eram 35 pessoas sendo atendidas em macas (67 no setor) , e maca não é leito. Alguns já estavam há duas semanas aguardando pela cirurgia”, afirma o médico. ATENDIMENTOS O hospital realiza por dia (de segunda a sexta-feira) cinco cirurgias da modalidade. O motivo, segundo Cantero, é que a instituição não tem pessoal e estrutura suficientes para realizar um número maior de operações durante a semana. Por isso, a direção decidiu acrescentar um dia no calendário, ou seja, o objetivo é operar aos sábados de cinco a seis pessoas. “Com isso a gente consegue ir retirando aos poucos do OS as pessoas que não precisariam estar lá”, afirma o diretor-clínico lembrando que esta é a característica do setor. Cada mutirão, realizado no sábado, vai contar com a participação de dois médicos e quatro residentes. No entanto, para realizar as cirurgias fora do calendário, segundo Cantero, é necessário mobilizar enfermeiros, instrumentistas, anestesistas, funcionários da limpeza, da lavanderia e da cozinha. “Por isso que chamamos de mutirão e, também que não é possível fazer mais do que cinco cirurgias. Fora que, nós temos no hospital cinco salas de cirurgia e duas têm de ficar liberadas para os procedimentos de emergência”. O diretor ressalta ainda que estão sendo priorizadas cirurgias que exigem mais complexidade, como as que envolvem a colocação de órgãos e prótese. “Essas cirurgias demandam mais tempo (levam cerca de duas horas cada) e são de alto custo”. O investimento do Sistema Único de Saúde para realizar procedimentos do tipo é de até R$ 20 mil. ATENDIMENTOS Na semana passada, o Hospital Universitário chegou a emitir comunicado para o corpo de bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para que evitassem encaminhar pacientes para o hospital por conta da superlotação. A orientação era que os pacientes fossem levados para as unidades de saúde 24 horas. “Nós chegamos a esse ponto e é uma coisa difícil para o hospital e para o paciente que fica num local que não é o ideal. Daí partiu nossa ideia”, finaliza. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 09.06.09)

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