Osvaldo Júnior A demanda por cirurgias eletivas (que não são de emergência) da Santa Casa de Campo Grande não será suprida pelos outros dois principais hospitais da cidade, o Regional e o Universitário. Com isso, aos pacientes com operações agendadas na Santa Casa resta, ao menos por ora, aguardar o fim da suspensão dos procedimentos, o qual permanece com o prazo desconhecido. Em média, 300 pessoas se submetem a esse tipo de cirurgia por mês. A decisão de suspensão de cirurgias eletivas foi tomada em dezembro durante assembléia dos médicos da Santa Casa. A medida resulta da diferença entre os valores pagos pelo SUS e os da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), tabela que fixa os preços dos atendimentos particulares. Os médicos alegam que essa diferença é muito grande e querem receber mais pelos procedimentos que realizam pelo SUS. Uma das vias buscadas pelos médicos para amenizar a diferença entre os valores do SUS e os da tabela CBHPM foi apelar para a ajuda da administração da Santa Casa. A proposta – ressarcida na manhã de hoje (27) pelo diretor do hospital, Rubens Trombini – consistia em pedir da Santa Casa adicional por procedimento para compensar os valores menores recebidos do SUS. “Não tem como acatar”, disse o diretor sobre a reivindicação. Trombini alegou que a receita do hospital não suporta esse dispêndio suplementar. A negativa de Rubens Trombini intensifica o impasse e colabora para que a suspensão de cirurgias eletivas se prolongue por tempo indeterminado. Universitário e Regional A Santa Casa realiza, em média, 2.200 cirurgias por mês pelo SUS. Destas, cerca de 300 são eletivas. Os procedimentos pelo SUS são feitos também nos hospitais Universitário e Regional. Essas duas unidades não têm condições estruturais para suportar a demanda da Santa Casa, segundo alegam. De acordo com o diretor-presidente da Fundação de Saúde, José Roberto Paqüera, o Hospital Regional Rosa Pedrossian tem 370 leitos, que permanecem constantemente ocupados. Ele afirma que o hospital faz 600 cirurgias por mês, das quais, 300 são agendadas. “Estamos dentro da capacidade de nossa estrutura física”, alega Paqüera. “Vamos fazer o máximo para atender pacientes da Santa Casa, mas não temos condições de absorver essa demanda”, ameniza. O médico residente do Hospital Universitário e vice-reitor da UFMS, João Ricardo Tonini, também disse que, embora o hospital pode até tentar contribuir, mas que não tem condições para tal. Conforme previsto em contrato, o SUS repassa valores referentes a 180 cirurgias eletivas e 150 emergenciais por mês. O hospital estaria realizando cerca de 500 procedimentos e não recebendo pela quantidade excedente ao contrato. “Se atendermos aos pacientes da Santa Casa, o HU viraria um caos, com muitas pessoas nos corredores”, disse uma fonte do hospital. (fonte: jornal online Midiamax News – 27.01.09)

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