A Santa Casa denuncia hoje à Polícia Federal e ao Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso do Sul o encaminhamento irregular de um paciente do Paraguai. Ele foi transferido de Porto Murtinho, cidade localizada a 473 quilômetros a sudeste de Campo Grande, sem acompanhamento de um médico. O paciente é um senhor de nacionalidade paraguaia que possui 68 anos de idade. Ele sofreu traumatismo craniano e foi transferido de ambulância a Campo Grande sem os documentos necessários para internação. O homem está inconsciente e não estava acompanhado de nenhum familiar. O paraguaio foi encaminhado sem CPF e sem o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Também não havia nenhum histórico médico para informar os problemas de saúde dele, como a causa do traumatismo, e os exames ou atendimentos preliminares que já teriam sido realizados. Irregularidades Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa, as irregularidades foram informadas à Secretaria Municipal de Saúde de Porto Murtinho, mas o paciente foi encaminhado da mesma maneira à Capital. A reportagem não conseguiu falar ontem na secretaria da cidade. O advogado André Borges Netto, da assessoria jurídica do CRM, afirma que, nestes casos, o conselho instaura uma sindicância para apurar quem foi o médico de Porto Murtinho que liberou o paciente de maneira irregular. Se ficar comprovado o problema, ele estará sujeito a sanções. O CRM já tinha manifestado a obrigatoriedade de todos os pacientes serem acompanhados por médicos nas ambulâncias. O advogado garantiu que em todas as denúncias são abertas sindicâncias. O médico que cometeu a irregularidade pode ser punido com advertência ou suspensão. Sem vagas Além deste problema, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Murtinho não tinha conseguido o leito na Santa Casa. Ela entrou em contato com o hospital e mesmo sabendo que não haveria vaga encaminhou o paciente. Antes de encaminhar um paciente a Campo Grande, os hospitais do Interior precisam entrar em contato para saber se há vaga disponível. Os pacientes encaminhados sem comunicado inicial à Central de Regulação de Vagas contribuem para agravar os casos de superlotação nos hospitais da Capital. O paciente não tinha os documentos necessários para realizar a internação no hospital. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 08.10.2008)

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