Valdelice Bonifácio Além da falta de estrutura no setor de saúde no interior do Estado, a superlotação em hospitais de Campo Grande decorre também do excesso de “reguladores de vagas”. São pelo menos oito. Além da própria Central de Vagas, há ainda juízes, políticos, Corpo de Bombeiros, Samu e outros que encaminham pacientes para os hospitais. O problema foi discutido hoje durante reunião, na sede das Promotorias da Capital, entre especialistas, autoridades do setor de saúde e representantes do Ministério Público Estadual que juntos analisaram sugestões para amenizar a crise nos hospitais da Capital. Para diminuir as ‘portas de entrada’ de pacientes nos hospitais de Campo Grande, o governo do Estado vai agilizar a implantação do Sisreg (Sistema de Regulação de Vagas) que atualmente já está operante na macro-regional de Dourados que contempla 35 municípios. A idéia é ampliar o sistema para Campo Grande e Três Lagoas e ainda implantar uma central estadual que interligaria as três grandes regiões. Daí pra frente todos os pacientes seriam distribuídos pelo Sisreg reduzindo a diversidade de ‘reguladores de vagas’. O diretor-geral de Atenção à Saúde do Estado, Antônio Lastória acredita que dentro de seis meses o Sisreg já esterá em total funcionamento em Mato Grosso do Sul. “Em Campo Grande, por exemplo, já estamos na fase de treinamento do pessoal para operar o sistema”, revela Lastória. Implantado o Sisreg, a distribuição de pacientes será mais eficiente e precisa já que mantendo os municípios interligados é possível impedir a sobrecarga em alguns hospitais enquanto outros têm vagas disponíveis. “Tem paciente lá de Tacuru que poderia receber atendimento em Naviraí, por exemplo, mas como não há uma troca de informações entre os hospitais, ele acaba vindo para Campo Grande o que causa superlotação na Capital”, explica Lastória. Repactuação Outra sugestão elencada pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) e que deve ser acatada é a repactuação entre os hospitais. Na prática, o que se propõe é cada hospital esclarece quais atendimentos pode prestar e quantas pessoas pode receber em cada setor. O trabalho organizaria a distribuição dos pacientes. O diretor-clínico do Hospital Regional, Alexandre Frizzo, explica que última repactuação feita entre os hospitais de Campo Grande tem pelo menos três anos. Desde então, muita coisa mudou nas unidades. “Precisamos nos reunir novamente só para tratar desta questão. Temos que definir o que cada hospital pode fazer e resolver”, cita frizzo. Lastória concorda com o direitor-clínico do hospital. Diz que a repactuação é uma necessidade evidente, porém não é necessário começar do zero. “Atualmente já existe o Comitê de Urgência e Emergência que já vem tratando do assunto. Vamos aproveitar as informações que eles tem sobre cada hospital”, salienta. Interior Lastória afirma que o governo estadual tem investido em estrutura e capacitação de funcionários nas unidades de saúde do Estado. Ele cita que estão sendo capacitadas 390 equipes para atendimento de urgência e emergência no interior de Mato Grosso do Sul. (Matéria editada às 14h30 para acréscimo de informações) (jornal Midiamax News – 30.07.2008)

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