Rede pública da capital já se adaptou à nova lei que tornou o exame obrigatório em recém-nascidos em todo país

A realização do Teste da Linguinha nas primeiras 24 horas do recém-nascido se tornou obrigatória em maternidades e hospitais das redes pública e particular do Brasil desde o dia 22 de dezembro de 2014.

A Lei 13.002/2014 foi sancionada pela presidência da república e publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23 de junho de 2014.

Em Maceió o teste já é realizado na rede pública.

Na ala do Hospital Universitário onde está funcionando a Maternidade Escola Santa Mônica, o teste já é realizado pela equipe de fonoaudiologia da unidade de saúde. A informação foi passada pela assessoria de imprensa.

As maternidades públicas de Maceió também realizam o exame, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os recém-nascidos da rede pública municipal de saúde passam por todos os testes, não só da Linguinha, mas do pezinho, do olhinho e da orelhinha.

O objetivo do exame é detectar se existe alguma alteração no chamado frênulo, membrana que liga a língua à parte inferior da boca – também conhecido como freio. A alteração pode gerar a popular língua presa.

Para o autor do projeto de lei, deputado Onofre Agostini (PSD-SC) o diagnóstico precoce possibilita o tratamento imediato e a prevenção dos problemas decorrentes da anquiloglossia, termo científico para “língua presa”.

A equipe de reportagem do jornal Tribuna Independente tentou falar com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para saber sobre a realização dos testes nos hospitais públicos do Estado, mas até o fechamento desta edição não obteve informações.

O telefone da assessoria de imprensa do Hospital Universitário (HU) estava desligado no período em que a equipe de reportagem tentou contato.

PARA QUE SERVE?

A realização do Teste da Linguinha é importante para o desenvolvimento da criança. É através desse exame que poderá ser detectado algum eventual problema na fala.

O teste consiste em verificar se existe alteração do frênulo – pele que fica sob o órgão, conhecido como freio – que é a membrana que liga a parte inferior da língua à base da boca. Caso seja detectada a “língua presa”, um pequeno corte na membrana é realizado.

De acordo com fonoaudiólogos, a técnica não causa dor alguma no bebê. O primeiro passo é examinar com os dedos o movimento da língua e a posição do frênulo. Em seguida, o médico observa e grava a amamentação da criança, para depois analisar os detalhes.

Os bebês com alteração no frênulo têm um número menor de sucção e um tempo maior de amamentação, algo em torno de oito a dez segundos. O normal é que essa pausa seja de quatro segundos e que a criança tenha uma quantidade maior de sucção.

Os problemas de sucção podem levar o bebê a ser desmamado antes do tempo certo.

Má formação da língua pode prejudicar a amamentação

Quando a amamentação não acontece de forma adequada, as mães costumam se sentir culpadas. Mas é preciso buscar informações com os pediatras, já que o problema com a sucção do leite materno pode estar relacionado à má formação da língua do bebê.

Esse é mais um dos motivos que torna o Teste da Linguinha importante para a saúde do recém-nascido.

A língua do bebê realiza um “super trabalho” de sucção e deglutição para tirar o leite do peito da mãe. Esse processo pode ser dificultado caso o recém-nascido tenha a “língua presa”.

Com o problema de sucção, o bebê pode ser desmamado antes do tempo certo.

O exame é simples e rápido. Enquanto o bebê está mamando, o fonoaudiólogo ou outro profissional de saúde capacitado faz a avaliação anatômica e da força de sucção, além de análise dos batimentos cardíacos, da respiração e da saturação do oxigênio.

O Teste da Linguinha não dói. Assim como não dói caso seja detectada alteração na membrana da língua. O corte da membrana não causa dor. Observação importante: nem todo bebê que tenha língua presa terá problemas no desenvolvimento da fala.

O Teste da Linguinha não terá custo em redes públicas e privadas, até porque, como citado acima, o procedimento é rápido e simples.

Testes verificam se saúde do recém-nascido está perfeita

Os hospitais públicos de Maceió disponibilizam além do Teste da Linguinha, os testes do Pezinho, da Orelhinha e do Olhinho, essenciais para a verificação da saúde do recém-nascido.

De acordo com as informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), após receber alta da maternidade, o obstetra ou o pediatra entrega à mãe o receituário solicitando a realização dos testes.

Além disso, as mães também são orientadas sobre as primeiras vacinas que devem ser aplicadas nos bebês – BCG e a 1ª dose da Hepatite B.

PEZINHO

A parturiente que teve seu bebê em uma das maternidades públicas de Maceió já sai do hospital com o resultado do Teste do Pezinho pronto. A SMS informa ainda que o teste também pode ser realizado no Hospital Universitário (HU) ou no Serviço de Referência e Triagem Neonatal, na Jatiúca.

O exame é simples e deve ser realizado nos primeiros dias de vida do bebê. Basta um pequeno corte no calcanhar que detecta se a criança é portadora de fenilcetonúria (doença caracterizada pela falta da enzima que metaboliza o aminoácido fenilalanina, presente em vários alimentos, e que pode causar lesões irreversíveis no sistema nervoso central).

Além disso, o teste é capaz de saber se a criança sofre de hipotireoidismo congênito ou se tem anemia falciforme (tendência das células vermelhas do sangue alterar seu formato sob certas condições, o que pode provocar dificuldades de oxigenação e circulação), ou ainda se sofre de fibrose sística (deficiência na síntese de proteínas, o que dificulta a absorção de alimentos e causa infecções respiratórias).

ORELHINHA

Nesse exame, o especialista pode detectar possíveis deficiências auditivas. Em Maceió esse teste pode ser feito na Pestalozzi, Lar São Francisco de Assis, Centro Oftalmo e Otorrino de Maceió e no Bloco “L” do PAM Salgadinho. Em todos esses locais a marcação é feita pelo Cora. No caso da mãe ter dado à luz na Casa Maternal Denilma Bulhões, o exame é feito lá mesmo.

OLHINHO

Possibilita detectar quais reflexos o bebê apresenta quando tem sua visão estimulada. A partir disso, pode ser detectado algum problema congênito ocular. A maior parte desses problemas, quando detectados a tempo, tem correção.

Se não tratados logo, alguns desses problemas podem causar cegueira. O teste deve ser realizado nos primeiros dias após o nascimento do bebê. Em Maceió é feito em duas unidades conveniadas com o Sistema Único de Saúde (SUS); Instituto de Olhos de Maceió (IOM) e pelo Centro de Reabilitação Visual (Cervi).

Fonte: http://www.tribunahoje.com/

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