Milena Crestani Os três principais hospitais de Campo Grande (Santa Casa, Hospital Regional e Hospital Universitário) estão superlotados. Diariamente, os pacientes chegam até as unidades enfrentam dificuldades para conseguir uma vaga. A demanda de atendimentos de pessoas vindas de municípios do interior do Estado tem contribuído para agravar o problema, A cena presenciada nos três hospitais é a mesma dezenas de pacientes em macas pelos corredores. Ontem a promotora de Justiça cidadania, Sara Francisco Silva, percorreu os três hospitais para fiscalizar os problemas de superlotação enfrentados pela população. O Conselho Regional de medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul pretendem ingressar com uma ação civil pública para exigir providências, e que seja feitos mais investimentos no setor da saúde para diminuir a superlotação. A ação seria contra o governo estadual e as prefeituras de Campo Grande e Dourados. Outro pedido do sindicato é que o governador André Puccinelli (PMDB) decreta estado de emergência na saúde. “Vamos encaminhar ofício pedindo providências”, afirma João Batista Botelho, presidente do Sinmed. Situação Ontem, pela manhã, havia pelo menos 50 pacientes no Pronto-Socorro da Santa Casa. No setor de emergência do hospital havia 15 pessoas em um espaço que deveria ser ocupado por seis. Os pacientes estavam em macas com papel os identificando, colocado na parede. “Estes pacientes deveriam receber o atendimento emergencial no pronto-socorro, mas têm que ficar no local porque não há espaço suficiente para transferi-los a outros setores”, afirmou o médico Sérgio Renato de Almeida Couto, presidente do CRM. Em alguns casos, os pacientes precisam esperar mais de dois dias em macas nos corredores de hospitais. Os médicos e enfermeiros se revesam para realizar o atendimento, pois o espaço dos corredores é insuficiente e não havia estrutura adequada. A situação também é problemática no Hospital Universitário, onde 11 pacientes estavam nos corredores e a parte de emergência adulta estava superlotada. Além disso, o hospital também passa por dificuldades porque há falta de macas. O Hospital Regional (HR) também já ultrapassou o limite de capacidade de atendimento. Na emergência, segundo o presidente da Fundação de Saúde, José Roberto Almeida da Silva, estavam 14 pacientes em um espaço para seis pessoas. A promotora Sara Francisco vai analisar qual providência será tomada para solucionar o problema de superlotação nos principais hospitais de Campo Grande. Ontem, ela vistoriou as condições dos três hospitais e somente hoje deve dar um parecer sobre qualquer procedimento pode ser instaurado. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 24.07.2008)

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