Fotos divulgadas pelo Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) mostram gestantes recebendo atendimento no chão, berços remendados com esparadrapo e prontuários em leitos do corredor, o que indica que esses leitos se tornaram fixos.
De acordo com a denúncia, as gestantes, as mães e os recém-nascidos correm risco de infecção e até de morte pela estrutura precária do atendimento na maternidade de Carapina, na Serra, município que integra a Grande Vitória.
O presidente do Simes, Otto Bapstista, conta que a situação vem se arrastando há um ano e está cada vez pior. “Fizemos vistorias e a situação é caótica. Os corredores viraram enfermarias, com prontuários fixos para os ‘leitos’. Gestantes em trabalho de parto são internadas nos corredores, vão para a sala de parto dar a luz e retornam ao corredor, com o bebê, porque não há berços suficientes.
Correndo risco de deixar o bebê cair no chão ou de cochilar por cima da criança. Sem contar a exposição, o constrangimento e o risco de infecção, por ficarem no meio da passagem das pessoas”, diz.
“Vamos construir uma nova maternidade, com mais 60 leitos para mulheres e capacidade plena de atender a toda a demanda de gestantes do município. A obra já está licitada, em breve vamos assinar a ordem de serviço. Para inaugurar, leva algum tempo. Uma obra desse porte demora cerca de dois anos”, disse Reblin.