Além do Ministério da Saúde, que este mês, lança oficialmente o Plano Brasileiro de Contingência para uma Pandemia de Gripe, algumas secretarias estaduais de Saúde também organizaram comitês para a mobilização para o assunto. Até o momento, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já formaram seus grupos. A partir do lançamento oficial do documento nacional, que será realizado no Seminário Internacional sobre a Pandemia de Influenza, de 16 a 18 de novembro, no Rio de Janeiro, as 27 unidades da federação poderão detalhar seus planos a partir da demanda local de atendimento, vacinas e medicamentos. Os técnicos dos estados se reunirão com o Ministério da Saúde no dia 16, antes da abertura oficial do evento, que ocorrerá à noite. O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, afirma que o Brasil não será surpreendido pela pandemia de gripe. “O Brasil está tomando todas as medidas sanitárias que os países mais desenvolvidos do mundo têm tomado. O ministério tem orçamento e não será por falta de recursos que nós deixaremos de fazer a detecção ou de tratar doentes”, declarou o ministro em entrevista coletiva de imprensa, no mês passado, em Brasília. Saraiva Felipe também destacou, entre as principais ações do plano, o fortalecimento da vigilância epidemiológica para o adequado monitoramento da doença e da rede de laboratórios para a detecção do vírus que causa a gripe. Outra medida é adequar as instalações do Instituto Butantan, em São Paulo, para a produção de uma vacina nacional. Veja abaixo as medidas do plano que já se encontram em implantação: – fortalecimento da vigilância epidemiológica da influenza, inclusive com a ampliação da capacidade laboratorial para o diagnóstico rápido da doença em situações de surto e identificação das cepas circulantes. O Sistema de Vigilância da Influenza no Brasil atualmente está implantado em 21 Unidades Federadas, contando com uma rede de 46 unidades sentinelas. Essa rede atendeu a cerca de 210 mil casos de síndrome gripal, em 2004, tendo coletado 2.269 amostras para identificação de vírus; – constituição de um estoque estratégico do anti-viral Oseltamivir (Tamiflu) para a ser utilizado em situações especiais durante uma possível pandemia. – preparação do Instituto Butantan para a produção da vacina contra a cepa pândemica. O Ministério da Saúde repassou recursos para acelerar a preparação de uma instalação emergencial, que estará pronta para fabricação já no início do próximo ano, uma vez que a nova fábrica de vacinas que está sendo construída com recursos do ministério e do Governo do Estado de São Paulo só ficará pronta no final de 2006. Tão logo os problemas tecnológicos ainda existentes para a produção de uma vacina contra uma cepa de alta patogenicidade do vírus influenza sejam superados, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já está informada de nossa capacidade para produzir esta vacina no Brasil. Ressalte-se que a produção mundial de vacinas contra uma pandemia de influenza depende de qual será efetivamente a cepa pandêmica (a H5N1 é uma cepa aviária que, excepcionalmente, tem causado infecções em humanos e que mesmo que esta venha a adquirir condições biológicas para uma transmissão ampliada na população humana, poderá ter características que impliquem ajustes na formulação de uma vacina).

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