Os médicos que trabalham com planos de saúde estão insatisfeitos e denunciam a falta de autonomia, baixos honorários e interferência das operadoras como causa. Para o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Curi, essa insatisfação está levando muitos profissionais a se descredenciarem dos planos, além de distorções como rapidez nas consultas e pagamentos adicionais. A questão traz à tona o processo de migração do SUS para o sistema privado. Estudo que está sendo realizado pelo economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Octávio Ocké-Reis, mostra que o Brasil é um dos países onde as famílias mais gastam com o mercado de planos de saúde (24%). “A Austrália gasta cerca de 7,8%; o Canadá, 12,8%; e os Estados Unidos, 34,1%”, diz. Ele lembra que, além desta distorção, o Estado brasileiro subsidia esse mercado, ao renunciar parte da arrecadação do imposto de renda da pessoa física e jurídica, favorecendo o consumo de tais planos. Para Ocké-Reis, o país enfrenta um dilema: “Ou torna o sistema de saúde de fato público fortalecendo o SUS, ou terá que conviver com as iniquidades do subsistema privado; mas nesse caso poderia rediscutir os mecanismos de subvenção e de regulamentação dos preços dos planos”. Fonte: Brasil Econômico – 01/11/2010

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