Na ocasião, os médicos denunciaram que além dos atrasos salarias, existem problemas relacionados às condições de trabalho. De acordo com eles, está claro o não comprometimento por parte da gestão com o hospital.
Para o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros, a medida foi necessária uma vez que o Governo Federal não demonstra compromisso e respeito com os profissionais e a população que depende dos serviços do hospital.
“O Simepe recebeu da Univasf um documento informando que o Ministério da Saúde não repassou a verba destinada para gestão, operacionalização e execução dos serviços do hospital e que, portanto não há previsão para o pagamento dos médicos”, comentou. De acordo com o documento, o montante não repassado é de R$ 3.037.228,22.
Segundo Tadeu Calheiros, é possível que este valor tenha sido usado pela União para compor superávit primário de 2013. “Recentemente a própria mídia divulgou que recursos do SUS podem ter sido desviados para compor o superávit primário. Sem dúvida, é uma situação que merece ser apurada”, pontuou.
Diante desse cenário, a categoria irá denunciar o Ministério da Saúde ao Ministério Público Federal, assim como solicitar que o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) seja investigado por indícios de irregularidades administrativas.
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Sílvio Rodrigues, também participou da assembleia. Segundo ele, o movimento da categoria é legitimo, pois não envolve apenas questões salariais, mas também, condições de trabalho e da assistência à população.
Os médicos voltarão a se reunir na próxima terça-feira (28/01), em assembleia geral, no auditório do hospital, para avaliação do movimento.