Médicos do antigo Hospital de Urgência e Trauma (HUT), atual Hospital Escola da Univasf, em Petrolina, entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (24/01). A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (20/01), em assembleia geral da categoria, motivada pelo não pagamento dos salários. Estarão suspensos os serviços eletivos, sendo mantidos apenas a área vermelha e UTI.

    Na ocasião, os médicos denunciaram que além dos atrasos salarias, existem problemas relacionados às condições de trabalho. De acordo com eles, está claro o não comprometimento por parte da gestão com o hospital.

   Para o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros, a medida foi necessária uma vez que o Governo Federal não demonstra compromisso e respeito com os profissionais e a população que depende dos serviços do hospital.

    “O Simepe recebeu da Univasf um documento informando que o Ministério da Saúde não repassou a verba destinada para gestão, operacionalização e execução dos serviços do hospital e que, portanto não há previsão para o pagamento dos médicos”, comentou. De acordo com o documento, o montante não repassado é de R$ 3.037.228,22.

    Segundo Tadeu Calheiros, é possível que este valor tenha sido usado pela União para compor superávit primário de 2013. “Recentemente a própria mídia divulgou que recursos do SUS podem ter sido desviados para compor o superávit primário. Sem dúvida, é uma situação que merece ser apurada”, pontuou.

    Diante desse cenário, a categoria irá denunciar o Ministério da Saúde ao Ministério Público Federal, assim como solicitar que o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) seja investigado por indícios de irregularidades administrativas.

   O presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Sílvio Rodrigues, também participou da assembleia. Segundo ele, o movimento da categoria é legitimo, pois não envolve apenas questões salariais, mas também, condições de trabalho e da assistência à população.

    Os médicos voltarão a se reunir na próxima terça-feira (28/01), em assembleia geral, no auditório do hospital, para avaliação do movimento.

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