Ivan Richard Brasília – Pelo menos dois peritos médicos da Previdência Social foram agredidos por semana no ano passado. De janeiro a dezembro de 2008, ocorreram 102 agressões contra esses profissionais, segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP). A categoria considera insuficientes as medidas tomadas pelo governo para prevenir tais casos, embora o ministro da Previdência, José Pimentel, garanta que houve melhorias nos últimos anos. Ele reconhece, entretanto, que ainda é preciso aprimorar o sistema de segurança dos peritos. De acordo com o presidente da ANMP, Luiz Carlos Argolo, o número de agressões pode ser ainda maior porque foram registrados apenas as queixas levadas às polícias Militar, Civil ou Federal. Ele afirmou à Agência Brasil que, de 2007 para cá, o governo tem implementado ações de segurança sugeridas pela categoria. No entanto, a mudanças de layout das agências e instalação de portas detectoras de metais, por exemplo, ainda não garantem a seguranças dos peritos. “A operacionalização desses sistemas de segurança deixam muito a desejar, porque a própria porta de detectora de metais, que tem como papel principal impedir que pessoas armadas entrem nas agências, não funciona”, disse Argolo. “São vários casos em que usuários entraram nas agências com armas brancas – facas e facões – e até revólveres e a porta equipada com detector não funcionou.” Para aumentar a segurança dos peritos, Argolo sugere que o governo promova campanhas de esclarecimento do papel da perícia médica previdenciária, aumente o efetivo de vigilantes e seguranças armados na agências e coloque em funcionamento os itens de segurança instalados nas agências. “Não basta tê-los, como uma penteadeira enfeitada, e eles não terem função”, reclamou. O ministro da Previdência, José Pimentel, afirmou que o governo tem implementado uma série de medidas sugeridas pela própria associação e que elas têm reduzido o número de agressões. “Evidente, que esse processo de violência, como está presente nas ruas, nas famílias e na área urbana, acaba refletindo nos vários locais de trabalho. Estamos atentos a isso e tomando um conjunto de medidas para superar qualquer possibilidade de agressão”, disse Pimentel à Agência Brasil. O ministro argumentou que, até 2006, a perícia na Previdência era terceirizada e possuía 219 médicos peritos. Hoje, segundo Pimentel, são mais de cinco mil profissionais concursados. “O governo Lula resolveu transformar a carreira, transformando-a em carreira de Estado. Fez concurso público, contratamos 5,2 mil profissionais em 2006, 2007 e 2008. Portanto, é uma atividade nova na Previdência, embora tenha 85 anos de história.” “É nessa atividade nova que estamos equipando 1.110 agências com a tecnologia que não tinha. Isso implica modificação de prédios e em toda uma cultura. Em um curto espaço de tempo já implementamos muitas mudanças e agora vamos complementar o restante”, afirmou Pimentel. (fonte: Agência Brasil – 12.01.09)

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