Daniela Rocha A 12 dias das eleições municipais, a quantidade de pacientes do Interior atendidos de forma irregular na rede de Saúde de Campo Grande vem aumentando significativamente. O fato é constatado pela assistência social da Santa Casa da Capital e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O período eleitoral é considerado – tanto pela Santa Casa quanto pelo Samu – como o mais crítico, pois alguns políticos para conseguir novos eleitores, arrumam jeitos de trazer pacientes para serem atendidos de forma irregular: “Quando chega na reta final, alguns vendem até a alma para conseguir um voto. Eles colocam pacientes em microônibus e kombis e trazem para cá”, afirma o coordenador do Samu, Eduardo Cury. Por atender o Sistema Único de Saúde, a Santa Casa não pode deixar sem atendimento os pacientes em caso de emergência que chegam ao hospital. CENTROS DE SAÚDE Somente na segunda-feira (22), o Samu foi informado de oito pessoas que buscavam atendimento nos centros regionais de saúde (CRS) sem serem de Campo Grande. “Só ontem detectamos três casos no CRS do Guanandi e cinco no Coronel Antonino de pacientes vindos de Jaraguari, Bandeirantes e Nova Alvorada, que buscavam o atendimento ambulatorial em Campo Grande”, enfatiza Cury. O médico destaca que essa atitude é corriqueira, mas no período eleitoral aumenta. “Isso ocorre diariamente, mas agora a situação está descontrolada”, diz. AJUDA POLÍTICA Com a ajuda política, os pacientes conseguem apoio financeiro para permanecer na cidade e um transporte até a Capital. “O período eleitoral é o mais crítico, realmente. Percebemos um aumento de pacientes do Interior que chegam ao hospital encaminhados como se fossem de Campo Grande”, afirma a assistente social da Santa Casa, Alvina de Oliveira Golveia. Para receber o atendimento irregularmente, os pacientes se hospedam na casa de parentes ou em pensões próximas aos hospitais de Campo Grande e chamam o Samu ou o Corpo de Bombeiros, afirmando que o problema teria se iniciado naquele momento. Após receber atendimento, os pacientes são encaminhados principalmente para a Santa Casa. “Em períodos mais críticos, são identificados de 20 a 30 pacientes com endereços falsos”, diz a assistente social. Ainda segundo Alvina, os moradores do Interior entram como pacientes da Capital e provocam a sobrecarga no sistema de Saúde da cidade. O acréscimo do custo para a prefeitura deve-se ao fato de quando a pessoa entra como paciente local, a Capital deixa de receber o repasse financeiro devido do município de origem. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 24.09.08)

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