A campanha em prol da implementação dos serviços de diálise e transplantes de rins no Hospital Universitário de Dourados culminou com um “abraço” no prédio da instituição. O ato simbólico, ocorrido por volta do meio-dia deste sábado, contou com a presença de várias autoridades e segmentos, como o prefeito Laerte Tetila, a diretora do hospital Dinaci Ranzi, médicos, enfermeiros e demais servidores, integrantes do Moto Clube de Dourados, Associação Médica, Associação dos Renais Crônicos e Transplantados (Renassul), Sodoben, Projeto Interdisciplinar de Assistência (PAI), Hemocentro, Hemosul, universidades, Maçonarias, clubes e serviços, entre outros voluntários e simpatizantes. De acordo com um dos organizadores, o médico nefrologista Antônio Pedro Bittencourt, esta é “a maior mobilização social que vai beneficiar sobremaneira os pacientes renais de toda região e, além do mais, também teve a intenção de incentivar a doação de sangue e de medula óssea. O abraço simbólico ao redor do hospital fechou o II Simpósio Interdisciplinar de Transplante Renal do Mato Grosso do Sul, que trouxe a Dourados as maiores autoridades do país do setor, como o coordenador nacional de transplante, Abrahão Salomão Filho, de Minas Gerais, e o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Walter Duro Garcia, do Rio Grande do Sul. Bittencourt. O evento organizado pela Associação Médica, Renassul e PAI começou no dia 28 de agosto, no Teatro Municipal, e também discutiu a viabilidade do serviço de transplantes no HU, que a partir de janeiro passará a ser administrado pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). HEMODIÁLISE O nefrologista Antônio Pedro Bittencourt acredita que a implantação dos serviços de transplante e de hemodiálise no Hospital Universitário, vai agilizar o tratamento e ampliar a sobrevida dos pacientes. Na região da Grande Dourados há pelo menos 40 deles aguardando na fila para receber o transplante de rins. Em todo estado, este número já ultrapassa a casa dos 300. O município já atende com o pré e pós-operatório, mas necessita com urgência agilizar os procedimentos, lembra o médico. ESTATÍSTICA Censo realizado ano passado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia aponta que pelo menos 3.500 renais crônicos podem ter morrido em 2006. O número dos que passaram por diálise cresceu apenas 4% contra 9% registrados nos últimos anos. A queda no total de novos doentes crônicos, na prática, indica que eles estão morrendo antes de chegar ao sistema de saúde ou que não são tratados por falta de vagas de diálise nos hospitais e clínicas. De acordo com a SBN, pelo menos 10 milhões de brasileiros apresentam algum grau de alteração renal e 52 milhões correm risco de desenvolver a doença por serem idosos, obesos, diabéticos ou hipertensos, os grupos mais sujeitos a problemas renais. A única maneira de evitar que a doença se agrave e eles se tornem dependentes de diálise ou de transplante é realizar exames de rotina, como o de microalbuminuria, que detecta problemas renais e possibilita o diagnóstico precoce. “A maioria, mais de 90% dos pacientes que chegam aos consultórios já têm indicação para a diálise”, alerta o nefrolotista Antônio Pedro Bittencourt. (fonte: jornal online Dourados Agora – 30.08.08)

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