Durante a primeira reunião com servidores e profissionais da Saúde de Dourados, convocada pela comissão parlamentar que investiga possíveis irregularidades no gerenciamento do setor, o diretor-clínico do Hospital da Vida e do Hospital da Mulher, Delane da Silva Borges, afirmou que os atendimentos nos dois hospitais superam sete mil atendimentos ao mês. Segundo ele, esse número vai muito além do que foi previsto a partir do momento que a prefeitura passou o gerenciamento da saúde pública para o Hospital Evangélico, que era de três mil atendimentos. O diretor ressalta que cerca de 40% da demanda são pacientes que vêem de outros municípios, que representa 2.800 pessoas que procuram atendimento médico em Dourados. Questionado quanto ao tempo de espera em que os pacientes chegam à recepção do Hospital da Vida até o momento da consulta com o médico, Delane atribui ao ‘estrangulamento’ no setor de atendimento, bem como falta de médicos, que não são suficientes para atender a procura. “O serviço está sobrecarregado, o médico que deveria atender 40 a 50 pacientes, chega ao final do dia com 100 consultas”, disse. Para o diretor-superintendente do HE (Hospital Evangélico), Marco Aurélio Camargo Areias, o contrato entre a prefeitura e o HE extrapolou os limites no atendimento à população. Ele entende que é necessária a discussão entre o município e a unidade de saúde, quanto a melhor forma de amenizar a situação. “Este contrato que foi feito hoje é inviável com a realidade que ai está”, disse o diretor. Foram convidados para a segunda reunião, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, João Alves de Souza. o secretário municipal de Saúde, Mario Eduardo Rocha e a chefe do Almoxarifado da Secretaria de Saúde de Dourados, Magali Fernandes Vedovato. (Fonte: Diário de MS, 10.08.10)