As novas infecções pelo HIV caíram 10% entre 2001 e 2007, de 3 milhões para 2,7 milhões, mostra relatório divulgado ontem pelo Unaids. O braço da ONU para a Aids não tem números o intervalo porque a metodologia mudou e só os dados de 2001 foram revistos. Apesar da tendência, o número ainda é considerado alto em média, 7.400 pessoas no mundo contraem Aids por dia. Segundo o Unaíds, há hoje 33 milhões e pessoas com HIV. A alta prevalência é ajudada também pela maior expectativa de vida proporcionada pelos antiretrovirais. O acesso a esse tipo de medicamento cresceu dez vezes em 2002 para 2007, embora cubra apenas 33% das necessidades, diz a Unaids. Mas o coordenador do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, adverte para um conta-efeito da melhora da qualidade de vida do portador. “À medida em que a Alds perdeu aquela face adversa de morte, muitos jovens deixaram de usar o preservativo. É preciso retomar o processo de mobilização social”. O órgão da ONU registra que o Ministério da Saúde brasileiro distribuiu aos Estados 30% mais preservativos no primeiro semestre deste ano do que em todo o ano passado. Dos infectados no mundo, 50% são mulheres e 45% são jovens de 15 a 24 anos. A região com maior prevalência do HIV é a África SubSaariana, com 22 milhões de infectados (dois terços da epidemia mundial), e a menor, Ásia oriental (740 mil). Na América Latina, são 1,7 milhão de pessoas, das quais 44% estão no Brasil o País tem 0,6% da população entre 15 e 49 anos com o vírus. No topo da lista estão países africanos, como Suazilândia (26,1%), Botsuana (23,9%), Lesoto (23,2%) e África do Sul ( 18,1%), que apresentaram uma estabilização em patamares “extremamente altos”. Parte da melhoria nos países africanos se deve ao maior uso do preservativo e ao menor índice de atividade sexual precoce em sete países. Em Camarões, por exemplo, o percentual de jovens que dizem ter feito sexo antes dos 15 anos caiu de 35% para 14% de 2003 a 2007. No Brasil, a última pesquisa sobre demografia e saúde da mulher apontou tendência reversa – o número de meninas que dizem ter feito sexo aos 15 anos passou de 11,5% em 1996 para 32,6% em 2006. Já entre os países desenvolvidos, Alemanha, Reino Unido e Austrália registraram aumento de novos casos. O relatório não traz os dados sobre novas infecções por País. (fonte: Folhapress – 30.07.2007)

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