O AVC é a principal forma de morte no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão e Derrame Cerebral, podendo atingir pessoas de todas as idades, até mesmo crianças, além de ser a causa primária do abandono das atividades por causa das sequelas. Estamos falando do acidente vascular cerebral (AVC). Por conta disso, desde 2010, o dia 29 de outubro é reservado para a Campanha Mundial do AVC, coordenada pela Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization – WSO), buscando sempre alertar as pessoas para os riscos da doença, tratamento e como preveni- la.

Popularmente conhecido por derrame cerebral, o AVC ocorre quando há o entupimento ou rompimento de vasos que transportam o sangue para o cérebro, provocando paralisia cerebral. “Os sintomas que nos atentam para um AVC são específicos como, por exemplo, a perda de força súbita em um braço ou uma perna, formigamentos e dificuldades para enxergar e dores de cabeça intensas sem motivos aparente”, destaca a neurologista Juliana Varela.  No caso de derrame, recomenda-se que o indivíduo seja levado imediatamente ao hospital. Os danos aumentam conforme a demora do atendimento, o que pode implicar sequelas mais graves. “Quanto mais o tempo passa, mais o cérebro está sofrendo. Portanto, é muito importante que o paciente seja encaminhado o mais rápido possível. Só assim as lesões serão menos graves, além de indicar o melhor tratamento” alerta Juliana.

Existem, exatamente, dois tipos de AVC: O Hemorrágico – provocado por um sangramento cerebral, ocasionado pelo rompimento de um dos vasos, e o isquêmico – quando acontece uma obstrução no vaso, causando a falta de sangue no tecido.  No caso do hemorrágico os sintomas se apresentam como fortes dores de cabeça, edema cerebral, vômitos e náuseas. Já quando acontece o isquêmico os sintomas são a perda de força, da visão, dormência na face e formigamentos. Porém, para distinguir com exatidão o tipo de AVC que será tratado, Juliane explica que isso é concluído só após os exames. “Os sintomas, às vezes, podem não dar absoluta certeza ao médico de qual AVC se trata, por isso apenas depois da tomografia é que teremos essa definição completa”.

Sempre, depois que alguém sofre um AVC, é normal o surgimento de algumas sequelas, variando a intensidade conforme a demora ou a agilidade no atendimento. Nesse período, um tratamento multidisciplinar precisa ser feito. Além do médico, a equipe deve contar com profissionais de fisioterapia, enfermagem e, em muitos casos, fonoaudiologia para danos ocasionados na fala e que causam dificuldades na deglutição.

PREVENÇÃO

Para prevenir o AVC, basta controlar os fatores de risco. As recomendações são: acompanhar a pressão arterial, hipertensão, adotar uma dieta equilibrada com menos açúcar e gordura, evitar o sedentarismo, o tabagismo e procurar distração para baixar o nível de estresse. Para que não ocorra um novo derrame, segundo Juliana, é necessário fazer o acompanhamento desses fatores e realizar visitas regularmente ao médico. “A prevenção passa por monitorar os fatores de risco e consultar o médico regularmente é de extrema importância”, afirmou a médica.

 

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