Neste 7 de abril, dedicado ao Dia Mundial da Saúde, os Conselhos Federal e Regionais de Medicina (CFM e CRMs) voltam a lembrar a sociedade sobre a importância de reivindicar o que é dela. A falta de estrutura e equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), a desvalorização dos médicos e profissionais, e a má gestão do serviço público e dos planos de saúde são o mote de uma campanha lançada nesta quinta-feira pela autarquia para celebrar a data.

O objetivo é estimular os brasileiros a refletirem sobre a importância dessa luta por um direito garantido pela Constituição de 1988, que levou o modelo assistencial do País a alcançar posição de referência internacional enquanto política pública social. No entanto, como observam o CFM e os CRMs, o descaso com que os gestores tratam a saúde pública faz com que a população esteja sendo privada dessa conquista.
 
As peças divulgadas pelas entidades médicas estimulam a população para refletir sobre o tema. “Essa é a saúde que você merece?” é a questão que permeia anúncios, banners digitais, spots e filmes para internet. “O CFM lembra à sociedade sobre a importância de reivindicar, chamar atenção dos problemas e exigir soluções dos gestores de um direito constitucional. Os dados e as informações da campanha não deixam dúvidas: essa não é a saúde que nenhum brasileiro merece!”, afirma o o 1º secretário e diretor de comunicação do CFM, Hermann von Tiesenhausen.
 
Segundo o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Correa Lima, os problemas que afetam a qualidade da assistência e comprometem o ético exercício da medicina passam por questões relacionadas ao financiamento, à gestão e ao controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas. Para ele, a campanha evidencia o descontentamento de todos com este quadro e mostra a intenção de se lutar por melhorias nas esferas pública e privada.
 
“Não existe solução fácil e simplista para a saúde pública, um problema crônico e complexo que exige do Poder Executivo prioridade, planejamento como política de Estado e não de governo, efetivo combate e prevenção à corrupção, e competente administração dotada de rigoroso sistema de controle e avaliação. Em síntese, precisamos de mais verbas para a assistência à saúde pública, não obstante, a serem agregadas ao seu orçamento sem elevação de uma carga tributária, já alta e compatível com as demandas sociais do País, desde que administrada com probidade e corretas escolhas das prioridades”, conclui Vital.
 
Com a campanha, que se estenderá por todo o mês de abril, os conselhos chamam atenção para a precarização do setor. Atividades organizadas pelos Conselhos Regionais de Medicina também estão previstas nos estados com divulgação de dados e informações que ajudam a traçar o panorama da saúde do País.
 
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