O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) divulgou alerta à população nesta terça-feira (02/06) sobre a situação caótica em que se encontram os pronto-socorros dos grandes hospitais de Campo Grande (Santa Casa, Hospital Regional Rosa Pedrossian e Hospital Universitário), já detectada há cerca de dois anos e informada aos órgãos competentes. Após mais uma fiscalização no pronto-socorro da Santa Casa, os médicos fiscais do Conselho constataram que a situação, hoje, é ainda pior. “A superlotação persiste, as condições de trabalho médico e da equipe de saúde estão cada vez mais precárias e a população não tem como ser bem atendida”, afirma na nota o presidente do CRM-MS, Antonio Carlos Bilo. A mesma situação também é verificada no Hospital Regional e no Hospital Universitário, conforme vistorias recentemente realizadas. Segundo ele, enquanto na ocasião anterior não havia vagas disponíveis para a Unidade de Terapia Intensiva, atualmente estão faltando vagas nas salas de emergência, com permanência de pacientes graves porque não se tem lugares adequados (vagas) para alojá-los, havendo dificuldade até mesmo de locomoção das equipes de socorro dentro das mesmas, devido à superlotação. “As condições só seriam mais desumanas se a estes mesmos pacientes (que lotam as salas de emergências e os corredores dos hospitais) não fosse permitida a entrada no hospital”, avalia o presidente. Ele explica que, mesmo com as péssimas condições de trabalho, os pacientes que chegam são atendidos. “Se há demora é porque é humanamente impossível para os médicos e a equipe de enfermagem darem conta da enorme demanda existente. E estes profissionais não podem ser responsabilizados por este estado caótico em que se encontra o atendimento à saúde que, pela Constituição Federal, é um direito de todos e obrigação do Estado, como ninguém desconhece”, reitera Antonio Carlos Bilo. Na nota, o Conselho Regional de Medicina alerta novamente a população de que a responsabilidade é dos gestores da saúde pública e que a classe médica também é vítima deste “cenário sombrio”, permanecendo na linha de frente do atendimento. Para a entidade, não há dúvidas de que os investimentos feitos na saúde pública em Mato Grosso do Sul são insuficientes para proporcionar condições adequadas e humanas de trabalho nos pronto-socorros e propiciar maior resolutividade na rede pública municipal e no interior do Estado. (fonte: CRM-MS – 02.06.09 Foto: Arquivo CRM-MS)

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