O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso do Sul abriu sindicância contra dois médicos suspeitos de negligência no atendimento a pacientes em hospitais “do Estado. Nesta semana, o Ministério Público Estadual (MPE) encaminhou representação ao Conselho solicitando que duas denúncias contra profissionais sejam apuradas. O advogado Ernesto Borges, assessor jurídico do Conselho, afirma que toda denúncia que chega a entidade é averiguada. Dentro de 15 dias, os médicos citados são notificados a prestar esclarecimentos e, caso haja indícios de que as denúncias são verdadeiras, é instaurado processo disciplinar contra o profissional. A decisão sobre abertura de processo disciplinar é tomada pela Câmara de Sindicância do Conselho. “Depois disso, ele é absolvido ou punido pela irregularidade que cometeu”, afirma Borges. As punições podem ser advertência, suspensão ou cassação do registro do médico. As investigações sobre os dois casos foram solicitadas pelo procurador de Justiça Mauri Ricciotti, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos. Direitos Constitucionais do Cidadão e dos Direitos Humanos. Ele tomou conhecimento dos problemas ao analisar o arquivamento de dois inquéritos As investigações sobre os casos de negligência médica foram solicitadas pelo procurador Mauri Riciotli Denúncias Um dos casos ocorreu há mais de quatro anos com um paciente de 16 anos em Corumbá, cidade localizada a 417 quilômetros a oeste de Campo Grande, mas só agora será apurado. Ele sofreu um acidente com uma. serra elétrica. O jovem sofreu fratura e afundamento do crânio, mas o médico apenas prescreveu medicação. Ele teve de realizar uma cirurgia de emergência cinco dias depois porque a situação de saúde ficou mais grave. Depois, ao tentar realizar a operação para enxerto na cabeça. O médico cobrou R$ 3 mil da mãe do garoto e mais R$ 180 pela consulta. Os procedimentos não deveriam ser pagos porque foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) O outro caso de negligência ocorreu no fim do ano passado no Hospital Regional (HR) de- Campo Grande. Uma mulher recebeu atestado de um médico falando que precisava de cirurgia, mas não foi encaminhada para realizar o procedimento que é oferecido pelo SUS. Ela precisou acionar a Justiça para garantir o direito de atendimento. Os nomes dos médicos e das vítimas não serão divulgados antes da conclusão das investigações. No Caso do Hospital Regional também foi encaminhada representação à Secretaria de Estado de Saúde – ((SES) para que o médico responda disciplinarmente sobre o assunto. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 02.04.09)

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